Quando o Mestre esteve fisicamente entre nós, escolheu aqueles que deveriam dar continuidade ao ministério da divulgação da Boa Nova.
Às margens do lago de Tiberíades, convida o pescador Pedro e seu irmão para que se tornem pescadores de homens. Pedro haveria de se transformar exatamente na pedra sobre a qual se apoiaria a comunidade nascente.
Em manhã de sábado, vai ao encontro do publicano Mateus, na coletoria de impostos, convidando-o a segui-lO.
E será exatamente esse Levi Mateus que tomará as primeiras notas a respeito do Evangelho do Reino de Deus que o Mestre viera instalar na Terra.
Onde encontrasse alguém de boa vontade, com o espírito de serviço, Jesus realizava o convite.
Assim, no poço de Jacó, perto da cidade de Sicar, Ele mantém um diálogo com uma mulher samaritana, revelando-se a ela como sendo o Messias ardentemente aguardado pelo povo.
Oferecendo-lhe a água viva, para que nunca mais tivesse sede, convida-a a retificar seu caminho, instruindo-a a cultuar Deus em Espírito e Verdade, no altar do coração.
Em outra oportunidade, entrando na cidade de Jericó, escolhe hospedar-se na casa do coletor de impostos Zaqueu, ali ofertando a mensagem da Boa Nova a ele, sua família e seus convidados.
Mais tarde, Zaqueu se tornaria colaborador em uma comunidade de Cesareia.
Para divulgar a Boa Nova a todas as gentes, fala Jesus, diretamente, com Saulo de Tarso, às portas da cidade de Damasco.
Lembra a ele dos compromissos assumidos, antes do nascimento. E o perseguidor dos seguidores do Rabi se torna seu mais expressivo arauto.
A muitos outros chamou Jesus para segui-lO. Alguns aceitaram, outros não. E muitos dos que foram beneficiados com a cura das enfermidades do corpo e da alma se tornaram divulgadores da Sua mensagem de esperança e paz.
* * *
Hoje, prossegue Jesus a realizar o Seu convite generoso, que envolve segui-lO, abraçar o fardo suave e o jugo leve.
Por vezes, entendemos que isso nos confere a possibilidade de termos menos dificuldades a enfrentar na vida.
Contudo, seguir Jesus significa entender porque nascemos, porque estamos na Terra neste exato momento, como nos devemos portar frente aos embates do cotidiano.
E o grande convite do Homem de Nazaré é para que sejamos bons pais, bons filhos, bons cônjuges, bons profissionais, bons vizinhos, bons amigos.
Ele nos solicita engajamento na luta contra o homem velho, que ainda carregamos, com as chagas do orgulho, do egoísmo, da inveja, da vaidade, do ciúme, do personalismo e da indiferença ao sofrimento alheio.
Ele nos convida a sermos Seus cooperadores no amparo aos menos afortunados, estendendo braços amigos aos desesperançados.
Para tanto, nos encaminha corações aflitos para que lhes ofereçamos a palavra amiga, o conselho amoroso e sem julgamento.
Atendamos ao convite do Celeste Amigo.
Se, nos dias primeiros da divulgação da Boa Nova, era exigido dos seus seguidores o martírio e a morte, em muitas circunstâncias, hoje, o que Ele nos pede é o sacrifício da nossa cooperação, no altar da nossa compaixão.
Redação do Momento Espírita
Em 29.12.2023.
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