Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Numa primavera distante

Primavera é mensagem de vida que se renova. O manto branco da neve é retirado pelas calorosas mãos do sol, descobrindo as flores abundantes na maciez da Terra.

As aves comemoram sua chegada com trinados e voos espetaculares, em bailados aéreos jamais representados nos palcos dos mais célebres teatros, pelos mais ousados bailarinos.

Foi numa primavera, em Paris, que foi lançado um Livro Luz. Abril de 1857. Desde então, todas as criaturas tiveram acesso a verdades dantes ocultas ou imersas em mistérios.

Todos tivemos a prova da Imortalidade da alma. Tantos poetas, escritores, romancistas falaram de seres imortais andando pela Terra como exceção.

No entanto, todos somos imortais vivendo uma única vida, como afirmava o Apóstolo Paulo de Tarso.

Uma única vida, experienciada em muitas e variadas existências, em países exóticos, em povos antigos, na atualidade.

Que lição de fraternidade sabermos que, embora estabeleçamos fronteiras entre países, como Espíritos, em corpos carnais, a determinado tempo, peregrinamos por tantos lugares.

Quando nos extasiamos com as viagens do italiano Marco Polo, pela China milenar, quando visitamos a sua grande muralha, por que será que nosso coração bate diferente?

Não nos parece tão familiar, por vezes?

Por que desejamos visitar o Egito, nos deslumbrar ante as pirâmides? Quando já teremos andado por lá?

E Petra, e Roma, e Atenas...

Cidadãos do mundo. Isso é o que somos.

Também cidadãos do Universo, o que nos faz olhar as estrelas e sonhar. Ou indagar: De onde viemos? Que mundos habitamos antes?

E, conforme a promessa do Mestre de Nazaré, depois de havermos pago até o último ceitil, no lar Terra, para onde iremos?

Isso tudo nos dá a ideia de pertencimento à família humana como um todo, a uma família universal, num intercâmbio fenomenal de mundos e sóis, e sistemas planetários.

Quantas lições desvendadas: Imortalidade, pluralidade de existências e de habitações estelares.

E, enquanto nos situamos neste mundo de formas, a certeza de que, os que partem, deixando a vestimenta carnal, prosseguem conosco.

Podemos lhes perceber as sombras amigas, generosas. Podemos lhes ouvir os sussurros de acalento, de carinho. Podemos lhes dizer que os amamos, que nos aguardem porque, mais dia ou menos dia, estaremos com eles.

Comunicabilidade entre os mundos visível e invisível. Verdade milenar que havíamos esquecido, sufocados pelo nosso orgulho, pela nossa vaidade, que nos fez pensar que o importante era dominar o mundo, angariar riquezas, ter poder e projeção social.

E na primavera daquele abril de mais de cem anos, a maior certeza: de que acima de tudo, há um Ser que nos governa, comanda o espaço, os mundos.

Que cria sem cessar, que tudo sabe, tudo pode. O Ser mais poderoso que se possa conceber, com nossas mentes tão acanhadas.

Um Ser que é luz, Espírito, Amor, a Quem aprendemos a chamar Pai, desde o advento do Celeste Amigo Jesus.

Verdades que nos felicitam.

Tudo numa primavera de um abril parisiense, numa revelação de sabedoria: O Livro dos Espíritos.

Redação do Momento Espírita
Em 3.10.2023
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