Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Uma pessoa espiritualizada

Quando se fala em pessoa espiritualizada, quase sempre o que vem à mente é alguém que desperta orando, faz meditação e somente tem falas amenas, doces.

Mas a vida nos exige trabalho, ação. Então, dizemos que nunca seremos uma pessoa espiritualizada.

Será assim mesmo? Lembremos de Jesus, o Divino Amigo. Alguém mais espiritualizado do que Ele, que se afirmou o Caminho da Verdade e da Vida? Ele comungava de tal forma com Deus, que dizia: Eu e o Pai somos um.

Mas, viveu entre os homens um pouco além de três décadas.

Pessoa espiritualizada é uma pessoa boa. Boa mãe, bom pai, bom vizinho, bom cidadão.

É uma pessoa que entendeu como fazer o bem e aplica isso todos os dias em suas relações.

Fazer o bem não é apenas deixar de fazer o mal. Podemos afirmar que não agredimos as pessoas, não maltratamos ninguém. Isso não é fazer o bem. É somente não praticar o mal.

Fazer o bem também não se trata apenas de dar coisas, de limpar os armários e passar adiante o que não nos serve, o que enjoamos de tanto usar, o que está tomando lugar nas prateleiras e nos cabides.

Fazer o bem é uma escolha que acontece todos os dias, a todo instante. É algo que exige uma mudança de comportamento e uma intenção seguida de uma ação.

Podemos despertar pela manhã e começar cumprimentando o dia, que se renova para nós. Providenciar alguns grãos para os amigos alados que sobrevoam o ar ou se aninham na árvore próxima.

Podemos lembrar de colocar um recipiente com água para que saciem a sua sede, depois dos trinados da madrugada.

Ao transitarmos de carro, permitir que o veículo que vem por outra rua, mesmo que estejamos na preferencial, possa entrar em nossa frente.

Uma gentileza para ele não ter que esperar e esperar para adentrar a via principal.

E, enquanto estamos levando nossas saudades a passear, cumprimentemos quem passa por nós. Pode ser que alguns nem respondam. Não importa. Nós lhes enviamos nossas melhores vibrações.

São muitas e pequeninas coisas que podemos fazer nas horas diárias. Coisas que dirão de como estamos nos importando com nosso próximo, com tudo que nos cerca. Ou seja, trabalhando a nossa Espiritualidade.

Lembrando que somos todos seres espirituais, em uma jornada de alguns anos, neste mundo.

Uma excelente oportunidade de criar laços de simpatia, de amizade, para os reencontrar, quem sabe, quando sairmos desta para a outra vida.

Realizar uma tarefa doméstica, sorrir para alguém, fazer uma declaração de amor a quem está conosco, todos os dias, ano após ano.

Algo breve, espontâneo, que brota da intimidade: Amo você! Você é muito importante em minha vida! Você coloca luz nas minhas horas!

E não economizar elogios. Verdadeiros. Elogios a pessoas, ao animal doméstico que nos homenageia com seus olhos de felicidade, com faceirice nos gestos, como a dizer: Estou aqui. Gosto de você.

Elogios à criatividade divina que a cada dia mostra uma nova tela nos céus, coloca diferentes cores na vida e compõe uma inédita sinfonia com a passarada, nas manhãs de luz.

Pessoa espiritualizada. Comecemos hoje nosso ensaio.

Redação do Momento Espírita, com base no
Artigo
A retidão, de Gustavo Tanaka, da Revista
 Vida Simples, ano 20, edição 247, ed. Vida Simples.
Em 27.9.2023.

 

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