Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Poeira de estrelas

Um dos maiores presentes que a astrofísica moderna nos deu veio de uma cientista americana de nome Margaret Burbidge.

No ano de 1957, ela publicou um artigo que demonstrava que todos os átomos de nosso corpo: nitrogênio, ferro, carbono, todos eles, têm origem em fornalhas cósmicas.

Esses elementos estão no núcleo de todas as estrelas, que os cria pela fusão termonuclear.

Isto é, a estrela explode e espalha esses elementos, essa matéria, em uma grande nuvem de gás, que vai formar a próxima geração de sistemas estelares, onde estamos incluídos.

Portanto, tudo que há de matéria em nosso planeta, incluindo nosso corpo, é feito do mesmo material: a poeira de estrelas.

Assim, quando olhamos para uma linda noite de céu estrelado e nos achamos pequenos diante de tanta grandeza, pensemos:

O Universo está vivo dentro de mim. Sou parte deste todo e me sinto imenso.

Falamos não de um sentimento de vaidade ou orgulho, que nos coloca em patamares superiores ao que realmente estamos. Falamos de um sentimento de pertencer, uma verdadeira honra em ser parte de algo tão sublime.

Somos poeira estelar, sim, pois nossa vestimenta corpórea compartilha dos mesmos elementos de Sírius, de Aldebaran e do nosso indispensável sol.

Somos também princípio espiritual.

Deus, a Suprema Inteligência, não poderia reinar apenas sobre a matéria bruta. Assim, em Seu Universo perfeito, como coroamento da sua Criação, concebeu o Espírito.

O ser inteligente da Criação, que realiza sua saga evolutiva pelas estrelas, passando por inúmeras experiências em corpos materiais, até que esteja devidamente depurado.

Assim, as constelações são também moradas temporárias, lugares de aprendizado, onde amadurecemos os sentimentos, onde vamos aprendendo a amar a nós mesmos, ao nosso próximo e ao Criador.

Percebamos, assim, como somos afortunados. Percebamos a sublimidade do que nos envolve, mesmo que ainda aos poucos.

Quem sabe, comecemos a entender a importância das formas de nos conectarmos mais intensamente com tudo isso.

Quando falamos em oração, não nos referimos à antiga prática externa de repetição de palavras, ou petitório insistente.

Pensemos na oração como essa conexão com a essência do Universo, que está lá fora, mas que está também dentro de cada um.

Meditar, silenciar a alma, deixar-se encantar pelas belezas que nos cercam, são formas eficazes de mantermos a ligação com o todo.

Por vezes, o atendimento das urgências da sobrevivência da vida material nos fazem perder esse contato, nos fazem desconectar de nossa intimidade divina.

Que possamos nos lembrar diariamente de nossa essência, de quem somos, de nossa origem. E que isso nos dê forças, que isso nos faça permanecer com a certeza de que somos grandes e temos destinos grandiosos.

Da próxima vez que observarmos o céu repleto de pontos luminosos, da próxima vez que ouvirmos alguém falar de bilhões, trilhões e de dimensões inimagináveis, pensemos:

Eu faço parte de tudo isso! Minha vida não é e não será vivida em vão.

Redação do Momento Espírita
Em 30.8.2023.

 

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