Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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ícone Jesus e as mulheres

Ele viera para as ovelhas perdidas da Casa de Israel. Apresentou-Se como o Bom Pastor, aquele que dá a vida pela das Suas ovelhas.

Toda Sua vida foi um hino de amor ao Seu rebanho.

Ele oferece consolo, dignidade, paciência. E todo Ele é gratidão.

Para a mulher, reservou especial atenção.

Ele atravessa a Samaria para se encontrar com Fotina. Ela não era nenhum modelo de virtude.

Conforme Ele mesmo afirma, ela tivera cinco maridos. E o homem com o qual vivia não era seu marido.

É para essa samaritana que Ele se apresentará como o Messias, Aquele que o povo aguardava há séculos.

Tinham quase perdido a esperança porque as vozes proféticas haviam se calado há quinhentos anos.

Ele lhe oferece a água viva, aquela que dessedenta para sempre. Quem a beber, jamais tornará a ter sede.

Ela será a mensageira de Sua presença na cidade de Sicar, onde residia. Para o futuro, seria conhecida como A Iluminadora.

Em Magdala, uma mulher era muito malvista. Durante o dia, todos desviavam o olhar e ninguém a ela se dirigia.

Era uma vendedora de ilusões. Aqueles mesmos que a desconheciam publicamente, a procuravam, à noite, para saciar a sua própria fome de prazeres.

Quando ela descobre o amor verdadeiro, se transforma. Reformula sua vida, para descrença dos que a viam, agora, sem o fausto da sua mansão e sem os seus servos.

Foi a essa mulher que o Divino Pastor reservou a primeira grande notícia. Ele estava vivo. E lhe diz que vá dar a notícia aos Seus discípulos, a todos os que lhe choram a morte na cruz.

Arauto da ressurreição.

Jesus era judeu. Conhecia a lei e os costumes. Que terá buscado dizer com Seus gestos, evidenciando a mulher?

Talvez desejasse lembrar ao povo as virtudes das mulheres que constituíam a honrosa história de Israel.

Estariam eles esquecidos da sabedoria de Débora, a quarta juíza de Israel?

Da rainha Ester, esposa do rei Assuero, que com sua coragem, denuncia a trama que levaria para a morte centenas de judeus?

Estariam esquecidos de Rute, a Moabita, que acompanha sua sogra, ambas viúvas, de retorno a Belém? Seu objetivo é servi-la, é auxiliá-la.

O seu povo será o meu povo. O seu Deus será o meu Deus.

Assim se expressa e assim se define, em todas as suas ações. Essa extraordinária mulher se tornaria a bisavó do rei Davi.

Estariam os homens esquecidos da grandeza de tantas mulheres?

Não honravam Raquel, a mãe espiritual da nação israelita? Estariam esquecidos de Lia, a primeira esposa de Jacó, que gerara quatro dos filhos das dozes tribos de Israel?

Por isso, Jesus exalta a reforma moral de Fotina. A transformação extraordinária de Maria, de Magdala.

Em outro momento, louva a amizade sincera e o carinho de Maria, de Betânia.

E, mais do que tudo, reverencia a mulher que lhe serviu de mãe: Maria, de Nazaré.

Para essa, todo o cuidado e toda a atenção.

Mulher, eis aí teu filho.

Entrega Sua mãe a quem Ele sabe que dela cuidaria, muito mais do que Seus irmãos, que tinham suas famílias e seus negócios constituídos.

As mulheres, agradecidas, lhe formam uma coroa viva, acompanhando-O por onde fosse, até ao pé da cruz.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 37, ed. FEP.
Em 28.8.2023.

 

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