Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Nossa palavra

Um grave problema, na atualidade, provém da palavra.

Cada um de nós se serve dela como bem queira.

A força da palavra é uma realidade. Veículo do nosso pensamento e do magnetismo pessoal, pode construir edificações nobres. Ou ocasionar calamidades.

Napoleão Bonaparte e Hitler mantiveram tropas e até mesmo nações inteiras sob o encantamento de suas personalidades, conduzindo-as a terríveis confrontos de incalculáveis perdas materiais e humanas.

A palavra pode promover a paz ou a guerra. Se aliada ao exemplo pessoal, mais forte se torna.

Gandhi, utilizando seu verbo, pregou a não violência. Com sua palavra e seu exemplo, conseguiu a independência do seu país.

O Rabi Galileu se serviu de Sua palavra para transformar o mundo, demonstrando, com Sua bondade e Sua ressurreição, que falava a verdade, nada mais que a verdade.

Foi Ele que nos disse que o homem fala do que há em abundância em seu coração. O homem bom, tira boas coisas do seu bom tesouro, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más.

E alertou para a responsabilidade na semeadura dizendo que teremos de dar conta de toda palavra ociosa e que seremos justificados ou condenados pelas nossas palavras.

Individualmente, já percebemos a força que podemos acionar através do nosso verbo?

Quantas vezes provocamos confusões com o que denominamos de comentários inocentes, muito sem importância?

Postagens em redes sociais, comentários em grupos de WhatsApp vão muito além do círculo que possamos imaginar.

E o estrago que provocarem cairá sobre nossos ombros.

O incêndio imenso da floresta poderá não ter sido nossa intenção. Mas se fomos quem acendeu a faísca inicial, a responsabilidade recai sobre nós.

A respeito dos desastres provocados pela língua desenfreada, encontramos os seguintes registros:

Os homens controlam os movimentos do cavalo, colocando-lhe na boca um pequeno freio.

A língua humana é fisicamente pequena, mas pode causar grandes estragos. Pode envenenar o corpo inteiro e fazer da vida um inferno abrasador.

Os animais, as aves, os répteis e todas as espécies de seres vivos podem ser, e são de fato, dominadas pelo homem.

Só a língua humana não pode ser domada. O veneno que espalha é mortal.

Pensemos e repensemos o que temos feito com esse instrumento que nos foi dado por Deus.

Podemos usá-lo para louvores ao Pai Criador ou para agredir ao nosso semelhante.

Não é estranho isso?

Se olharmos uma fonte veremos que dela não poderemos obter, ao mesmo tempo, água doce e salgada. Por que, então, um instrumento tão precioso, tornamos fonte de bondade em um momento, de maldade em outro?

Sirvamo-nos da língua, pronunciando somente as palavras que edificam, que consolam.

Como cristãos, é preciso que produzamos o que leva ao bem, à boa palavra.

Se amamos o próximo, não levantemos falsidades sobre ele, nem o induzamos ao mal.

Não nos permitamos que saia de nossa boca nenhuma palavra agressiva, ofensiva.

Examinemos o sentido, o modo e a direção de nossas palavras, antes de pronunciá-las.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 14,
do livro
A carta de Tiago, de L. Palhano Jr., ed. Fráter.
Em 18.8.2023.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998