Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone A força dos bons

Há um provérbio hindu que afirma:

A árvore não prova a doçura dos próprios frutos.

O rio não bebe suas próprias ondas.

As nuvens não despejam água sobre si mesmas.

A força dos bons deve ser usada para benefício de todos.

*   *   *

Percebamos as lições da natureza.

Tudo serve, tudo visa o benefício de todos e encontra seu equilíbrio, seu sentido de existir, exatamente nisso.

Imaginemos agora, no mundo das relações humanas, um igual propósito: a busca da conciliação dos interesses próprios com as necessidades do coletivo.

Que os que são árvores frondosas disponibilizem seus frutos para todo aquele que cruzar seu caminho.

Que aqueles que são nuvens despejem suas águas sobre os rios e sobre as árvores, para que se mantenham firmes e vivos.

Que aqueles que são rios abriguem os peixes, alimentem os lagos e mantenham o ecossistema em perfeito balanço.

Servindo, todos cuidam de todos. Não há quem esteja em desalento.

O apóstolo Paulo, em sua Carta aos Romanos, recomenda: Nós que somos fortes na fé devemos ajudar os que são fracos. Devemos ajudá-los nas suas fraquezas e não tentar somente agradar a nós mesmos.

Reflitamos sobre nossas potências, sobre nossos talentos, e analisemos como podemos empregá-los para auxiliar os que necessitam.

Não é apenas com recursos materiais que podemos ser úteis.

A caridade material é apenas uma das facetas da virtude suprema.

O que podemos fazer pelo bem de todos?

Podemos não ser um rio Amazonas, ou um Nilo, mas certamente podemos ser um pequeno córrego, em nossa família ou em nossa comunidade.

Despejemos nossas águas de alegria sobre aqueles que nos chegam ressecados pela tristeza, pelo desânimo.

Que cada decisão de vida, que cada ação, seja sempre temperada com esta reflexão: é o melhor para todos? Ou apenas o melhor para nós, em detrimento do bem coletivo?

Se detemos a responsabilidade de coordenar equipes, se temos a responsabilidade de orientar colaboradores, lembremos da máxima desta lição: a força dos bons deve ser utilizada para benefício de todos.

Orientemos, eduquemos, encaminhemos. A ignorância, o descaso, o abandono ainda são realidades severas no mundo.

Convertamo-nos em um bom instrumento, uma alma com quem a natureza e o Criador podem contar sempre para manter a harmonia na Terra.

Não esperemos reconhecimento. Não esperemos gratificação externa. Tenhamos em mente que a árvore não se alimenta do próprio fruto.

No entanto, isso não significa que ela não receba alimento. Lembremos dos rios, das chuvas, que jamais a deixarão sem sustento.

Dessa forma, nos momentos em que nos sentirmos inseguros, sem forças, depois de dias de sol escaldante, busquemos no coração da natureza a inspiração para continuar.

Façamos nossa conexão com a vida através das obras do Criador. Conversemos com Ele com sinceridade, sem formalidades.

Assim como Ele alimenta as aves do céu, veste os lírios do campo, cuida também de todas as árvores e de seus frutos.

Somos frutos de um Deus amoroso e bom.

Redação do Momento Espírita, com citação da
 
Carta aos Romanos, de Paulo de Tarso, cap. 15,
vers. 1 e 2 e provérbio hindu.
Em 13.6.2023.

 

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