Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Quando nos doamos...

O psiquiatra William Glasser, a partir de sua experiência, elaborou a Pirâmide de Aprendizagem, mostrando as percentagens de retenção de conhecimento relacionados à atividade educacional realizada.

Apesar das controvérsias e dúvidas, diversos elementos do modelo dessa pirâmide podem ser aproveitados na educação, seja em instituições de ensino ou empresas.

E nós diríamos, para o próprio estudante de qualquer conteúdo ou para a grande escola da vida.

Glasser demonstrou que quando lemos, conseguimos reter 10% do conteúdo.

No entanto, se escutamos, a apreensão sobe para 20%.

O visual tem um papel importante porque se assistimos ou observamos algo, podemos apreender 30%, subindo para 50% se combinamos escuta e visualização.

Mas, se conversamos, discutimos ou debatemos a respeito de algum tema, o aprendizado sobe para 70%.

O extraordinário fica pela possibilidade de 95% de retenção do que seja, quando nos propomos a ensinar alguém, explicando, resumindo, definindo, estruturando o conhecimento.

De imediato, nos lembramos de alguns métodos que revolucionaram o ensino em tempos passados. Como na escola de Yverdun, na Suíça, quando o mestre Pestalozzi estabelecia que os meninos maiores ensinassem aos menores.

Alunos mais adiantados repassassem o aprendido aos que tinham dificuldades.

A memória também nos remete a um Mestre Galileu que estabeleceu: Ide e pregai. Ensinai a todas as gentes.

Em uma palavra: Compartilhai, não retende o aprendido.

Ele estimulava que fosse repassado pelos ouvintes a terceiros aquilo que dEle vissem e ouvissem. Não foi outra senão essa, a grande vitória da divulgação da Boa Nova pelo Oriente até o Ocidente.

Foi assim que os apóstolos se transformaram em disseminadores do Evangelho, que espalharam as suas sementes ao mundo.

Descobrimos os pescadores, conhecedores dos segredos do mar, dos ventos, entendendo de redes e de preços de mercado de peixes, se transformarem em pescadores de homens.

Simão Pedro sai de sua casa e viaja, espalhando aos ventos o que ouvira e vira de um Mestre ilustre, durante quase três anos.

Vejamos a técnica do Mestre de Nazaré: falava, realizava atos que impactassem as mentes.

Assim, os Seus seguidores se transformaram em líderes de povos sedentos de uma nova ordem, que lhes falasse de paz, de harmonia, de liberdade, não mais de opressão e subjugação.

Encontramos a síntese desse ensino no poema/prece que surgiu durante a Primeira Guerra Mundial e, por sintetizar o ideal de vida de Francisco de Assis, a ele acabou sendo atribuída.

Em seus versos finais, a prece exalta que há maior contentamento na criatura em consolar, do que ser consolada. Em compreender do que ser compreendida, em amar do que ser amada.

E conclui, de forma magistral, porque é dando que se recebe.

Eis aí a grande lei da vida. Quanto mais se dá, mais nos devolve a vida.

Alguns afirmam: Quando se dá, o Universo conspira a nosso favor.

Quando damos, quando oferecemos, nos abrimos, nos tornamos receptivos a tudo que é bom, grande, belo.

Tudo que nos pode alimentar a alma, a mente e o coração.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita
Em 2.6.2023.

 

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