Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone A felicidade dos bons

Como é importante sonhar.

Como é necessário olhar adiante e, num breve vislumbre, perceber aonde se vai chegar, um dia, que pode ser próximo ou distante.

Depende de nós.

Quando ouvimos falar de anjos, de santos, de almas superiores, já imaginamos em que consistirá a felicidade para eles?

Algo que poderia também ser entendido como: Que tipo de felicidade sentem esses seres que estão à nossa frente, que são bons e não mais possuem as viciações morais que nos cercam aqui na Terra?

Almas que desfrutam dessas felicidades que desconhecemos nos dizem que são felizes por poderem conhecer todas as coisas.

Também por não terem ódio, ciúme, inveja, ambição e nenhuma das paixões que fazem a infelicidade dos homens.

O amor que os une é a fonte de uma suprema felicidade. Não experimentam as necessidades e sofrimentos nem as angústias da vida material. Ficam felizes com o bem que fazem.

A primeira frase nos mostra interessante nuance dessa felicidade: conhecer todas as coisas.

Recordamos do Conhecereis a verdade e ela vos libertará, proposto pelo Mestre de Nazaré.

A libertação da ignorância é uma razão autêntica de felicidade.

Conhecer todas as coisas, compreender as leis que regem o Universo e conhecer a si mesmo, faz parte desse processo inevitável de amadurecimento do ser.

A busca pela verdade nos leva a compreender melhor a vida, entender melhor o outro e a nós mesmos. Eis o porquê de ser um dos caminhos da felicidade verdadeira.

Em sua descrição de felicidade, esses seres do bem ressaltam que são felizes porque não sentem ódio, ciúme, inveja, ambição.

Eles descrevem, nesses itens, as paixões humanas em seu extremo vicioso.

Obviamente que todos aqueles que ainda guardamos no coração esses sentimentos, não nos permitimos desfrutar a felicidade.

Essas paixões em descontrole são cargas pesadas, manchas, detritos que poluem o coração e não nos permitem alçar voo mais alto.

Destacam, por fim, esses seres que o amor que os une é a fonte de uma suprema felicidade.

Atentemos para essa compreensão a respeito do amor. O amor que une, que trabalha ao lado, que coopera.

Não se trata de relações uniformes, de pessoas iguais, de pensamentos homogêneos. Trata-se de mostrar que o amor se sobrepõe a qualquer diferença.

Por fim, indicam: Ficamos felizes com o bem que fazemos.

Eis desvendada mais uma das grandes belezas do amor: ele se alimenta do bem que faz e não do bem que recebe.

A lei universal do amor proporciona a quem ama esse alimento, esse júbilo inigualável, que suplanta de longe o mais intenso prazer efêmero desfrutado na Terra.

*   *   *

Talvez, ouvindo tudo isso, pensemos: Estamos tão longe disso...

Mas se quisermos mudar a lente, podemos imaginar: Um dia estaremos amando assim!

Então, pensemos: O que podemos fazer hoje para começar a construir essa felicidade?

Um passo de cada vez. Uma atitude de cada vez. Felicidade se constrói, não se ganha. Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base na pt. 4,
 cap. 2, questão 967, de
O Livro dos Espíritos,
de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 25.5.2023.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998