Segundo dados estatísticos, a população mundial alcançou, em fins de 2022, a marca de oito bilhões de habitantes.
Os avanços na medicina, o desenvolvimento de vacinas, a diminuição dos conflitos de grande porte são alguns dos fatores que vêm contribuindo para tal cifra.
Oito bilhões de pessoas, de diferentes raças e culturas, cada uma com suas características, gerando diferenças de cor, hábitos e costumes.
Se analisarmos os hábitos alimentares, veremos que o que é usual em um ambiente, parece exótico em outro.
Valores morais variam, conforme o tempo ou o contexto sociocultural em que se desenvolvem.
A religiosidade, a relação com o espiritual, também se apresenta em uma miríade de possibilidades, nos mais diferentes aspectos.
Para uns, a crença em um único Deus. Para outros, o politeísmo. Alguns precisam de templo suntuoso, outros praticam suas relações com a Divindade na natureza ou em seu lar.
Não há nada de errado nem de estranho nisso.
Pelo contrário, mostra a riqueza e a capacidade que o ser humano tem de se expressar, de se relacionar com o mundo, com a natureza e com o seu próximo.
Porém, muitas vezes, julgamos que aquilo que nos é estranho, aquilo que não está em nossos hábitos ou não temos referência, é errado.
Julgamos o outro e suas escolhas conforme os nossos parâmetros.
É a partir desses julgamentos que surgem o preconceito, o racismo, as perseguições religiosas, o desrespeito ao próximo.
Cada qual tem uma história própria.
Além de todos os valores culturais e educacionais que nos foram transmitidos, nesta existência, também trazemos tendências, vontades e valores na própria alma, frutos de tantas outras experiências terrenas.
Assim, é natural que cada um de nós tenha um olhar muito próprio sobre seu mundo íntimo e sobre o mundo que nos cerca.
E expressamos isso através de inúmeras formas.
Seja a partir de nossas tendências, ou pela nossa religiosidade, pela maneira como nos vestimos, ou pelas ideias e valores que abraçamos.
Desde que não prejudiquemos a ninguém, que nada, nem nenhuma pessoa seja lesada ou ofendida pelos nossos posicionamentos, temos o direito de nos manifestarmos conforme nossa maneira de ser.
De igual forma, quando percebemos no outro maneiras distintas das nossas, posicionamentos que não combinam com os que temos, é nosso dever respeitá-los.
Respeitar é entender, é dar ao outro o direito de ser como é. É não cercear sua liberdade de ser quem deseja ser.
Não importa a raça, a nacionalidade, cor da pele, a orientação sexual, a religião ou a falta dela, a profissão ou a classe social.
Cabe-nos respeitar o próximo, por entender que todos os oito bilhões de seres humanos que habitamos este planeta, estamos aqui com a mesma finalidade: aprender e progredir moralmente.
Dessa forma, ao nos depararmos com alguém que nos cause estranheza ou má impressão, antes de julgar, classificar ou condenar, que o respeito seja a tônica de nossa relação.
Somado à empatia e à benevolência, o respeito será sempre a melhor postura para vivermos neste mundo, rico na sua diversidade.
Redação do Momento Espírita.
Em 26.4.2023.
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