Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Nossas lentes

Quando ainda pequenos, conhecemos nossos avós e bisavós, servindo-se de óculos para melhorarem a sua visão, quase consumida pelos largos anos vividos.

No entanto, pensamos alguma vez como enxergavam ou deixavam de enxergar as pessoas, antes da invenção do primeiro par de óculos?

As notícias da criação das primeiras lentes data do século VIII a.C. Tratava-se de um cristal de rocha que tinha a propriedade de ampliação da imagem.

Mas, foi somente no século XIII que esse cristal passou a ser conhecido e utilizado, surgindo os primeiros óculos.

Foi um conforto, para os que tinham problemas de visão poderem ver melhor, a partir desse instrumento mágico.

E se os óculos foram uma conquista, prosseguimos, como humanos criativos, a inventar.

O século XVI assinala a invenção dos holandeses Hans e Zacharias Janssen: um instrumento com capacidade de ampliar imagens de objetos muito pequenos até três a quatro vezes.

Era o microscópio. A partir de 1632, passou a ser utilizado especialmente para os cientistas estudarem e compreender os micro-organismos.

Tornava-se visível o que nos era invisível, até então. O mundo dos infinitamente pequenos. Descobrimos novos mundos, que nos escapavam totalmente à visão.

Então, desejamos conhecer o macrocosmo, o infinitamente grande.

Não se sabe ao certo quem inventou o telescópio. O primeiro pedido de patente foi feito por Hans Lippershey, em 1608, na Holanda.

Porém, foi o professor de matemática da Universidade de Pádua, Galileu Galilei, quem primeiro o utilizou para estudar o céu, cientificamente.

Ele revolucionou a astronomia, desenhando as crateras da lua com detalhes impressionantes.

Mostrou que ela não era sólida, regular e uma esfera perfeita. Era irregular como a própria Terra.

Também nos revelou as quatro luas de Júpiter.

*   *   *

Lentes, que descoberta impressionante!

Com elas, temos melhorada nossa deficiente visão, permitindo que nos movimentemos de forma segura, sobre o planeta.

Podemos ver os objetos, as cores, o claro, o escuro, contemplarmos nossa própria imagem ao espelho.

Com elas, descobrimos o mundo espetacular das células, os micro-organismos e nos maravilhamos com os aglomerados de estrelas e os detalhes de outros mundos.

Em nossa vida, igualmente, são demasiado importantes as lentes.

Precisamos ter lentes mentais adequadas para ver as coisas como realmente são.

Se estivermos com as lentes alteradas pela nossa vaidade, orgulho e egoísmo, deixaremos de ver o que é pequeno, detalhes de suma importância para nosso viver.

Deixaremos de ver o nosso irmão que passa cabisbaixo, portando problemas que lhe pesam aos ombros.

Deixaremos de ver o rosto entristecido, o corpo que se dobra ao sofrimento.

De igual forma, não descobriremos o mundo macro da beleza, da harmonia, que nosso Pai Celestial nos destina, como filhos de Seu amor.

Lentes para os olhos da nossa alma, aumentadas pelo conhecimento, pela sabedoria, pela humildade.

Lentes para a nossa compaixão, nossa solidariedade para ver o interior das criaturas, descobrindo-lhes as necessidades.

Escolhamos muito bem as nossas lentes.

Redação do Momento Espírita
Em 5.4.2023.

 

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