Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Fé e coragem

O que entendemos ser uma pessoa corajosa?

De um modo geral, vemos coragem naquele que se dispõe a enfrentar qualquer situação.

Alguns temos como corajosos aqueles que, mesmo sem refletir, assumem compromissos, se propõem a ficar à frente de qualquer campanha ou empreendimento.

Em várias dessas situações, há mais impetuosidade do que verdadeira coragem. Quase sempre, pessoas assim abraçam projetos e iniciativas para as abandonar na primeira dificuldade.

Existem alguns que parecem corajosos mas, na verdade, são apenas voluntariosos, agindo de forma precipitada para evitarem ser contrariados.

Existem também ações irrefletidas, impensadas, levianas até e que, por vezes, adjetivamos como corajosas.

Convenhamos: a verdadeira coragem exige responsabilidade no agir.

Para isso há necessidade de reflexão e análise prévia da situação, suas possibilidades e recursos disponíveis, antes de tomar decisões.

Dessa forma, jamais estará associada à irreflexão ou à impetuosidade.

A coragem está presente naquele que opta pelo correto, pelo ético ao invés de abraçar o comodismo.

É corajosa a pessoa que abre mão do que lhe é conveniente para assumir o que a sua consciência aponta como sendo o adequado, o justo.

Jesus foi o maior exemplo de coragem.

Perante os desequilíbrios e vícios da sociedade em que viveu, não se permitiu desonrar a própria consciência.

Usou palavras duras para apontar erros morais mesmo de autoridades religiosas ou mandatários de alta influência.

Mostrou, de maneira doce, mas firme, as incoerências, as injustiças e licenciosidades.

Manteve-se corajoso e íntegro no seu ideal, até mesmo perante a injusta e infame crucificação a que foi condenado.

Isso é coragem.

É não abrir mão de valores reais para atender as exigências do mundo.

É compreender a bondade e amor divinos, aceitando dificuldades e dores que nos chegam, com a certeza de que se tratam de ferramentas de aprendizado e progresso.

Observamos muita coragem nos pais que veem seus filhos retornar ao mundo espiritual, em tenra idade e permanecem firmes na fé.

Vemos coragem naquele que enfrenta, sem revolta, a enfermidade terrível, a lhe minar as forças físicas, dia a dia.

Encontramos coragem naqueles que, em calamidades, perdem todos os bens materiais. Por vezes, até a vida física de amores. E não esmorecem.

Há muita coragem naquele que encara de maneira firme a adversidade lhe batendo à porta.

São corajosos na fé os que compreendem que devemos fazer sempre o correto, abraçar o certo, e no mais, a Providência Divina se encarregará de prover o necessário.

Por tudo isso, repensemos os momentos em que a vida nos pede coragem.

Quando eles se apresentarem, fortaleçamo-nos na fé, no entendimento de que Deus tudo ampara e tudo provê.

É a coragem da fé que nos faz compreender que logo mais tudo passará. Somente as oportunas lições da vida permanecerão como nossas conquistas e nossos troféus.

Mantenhamos a fé que nos diz que Deus está conosco, como Pai amoroso que não abandona Seus filhos.

Redação do Momento Espírita.
Em 25.2.2023
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