Ele nasceu durante o império de Caio Otávio César Augusto, o primeiro imperador de Roma. Exatamente como narra o Evangelho de Lucas.
Vozes celestiais anunciaram Sua chegada entre os homens. Poucos tiveram a ventura de ouvir o cântico de louvor:
Glória a Deus nas alturas, paz na Terra aos homens de boa vontade.
Foram pastores no campo que, orientados pelo mensageiro dos céus, O visitaram.
Em distantes terras, sábios da época, que estudavam antigos escritos e O aguardavam, viram a estrela anunciando-lhe o nascimento.
E se puseram a caminho, por meses, até encontrá-lO, em uma casa, levando-lhe preciosos presentes.
O Pastor viera para conviver com Seu rebanho.
E o fez por pouco mais de três décadas.
Único Espírito Perfeito que a Terra já recebeu, entre a Sua Humanidade, exemplificou o amor na sua mais pura essência.
Na poeira das estradas, encontrou enfermos do corpo e da alma. A uns, liberou da enfermidade. A outros, falou das venturas dos céus, reservadas a quem conduz sua cruz, seguindo Seus ensinos.
Soube conviver com os favorecidos da sociedade, aceitando convites para estar em suas casas, quando lhes falava do reino de Deus, que deveria ser implantado no coração de cada um.
A ninguém desprezou. A ninguém agrediu.
Perseguido desde os dias da infância, viveu em terra estranha, demonstrando, dessa forma, como deve ser acolhido o estrangeiro que busca refúgio.
O mundo era um imenso rebanho desgarrado, quando Ele aportou no planeta.
Apascentou Suas ovelhas, confortou a alma aflita de um povo que esperava um conquistador, que assumisse as rédeas do poder e os libertasse do jugo romano.
Nem todos O entenderam. Os que O seguiram, iluminaram a própria vida.
Sua palavra, mansa e generosa, reunia infortunados e atraía os que viviam à margem da sociedade, desprezados como se fossem coisa alguma.
Garantiu que somos todos filhos de Deus, e no-lO apresentou como Pai de Supremo Amor e Bondade.
Um Pai que cuida dos Seus filhos, que criou mil belezas, em meio às agruras do planeta.
Que criou fontes de água límpida, para atender a sede do corpo e enviou Seu filho para oferecer a água viva para que aqueles que dela bebessem, nunca mais tivessem sede de amor e justiça.
Um Pai que providencia o alimento às aves do céu. Um Pai que domina os ventos, a tempestade, e aconchega em Seu seio os filhos feridos.
Um Pai que se esmera na obra da Criação contínua.
Um Pai que ama e a quem podemos clamar por auxílio e misericórdia.
Um Pai justo e bom que concede a cada um segundo as Suas obras.
Privilégios para ninguém. Bênçãos generosas para todos, bons e maus, justos e injustos.
Jesus, entre nós, demonstrou quanto é poderoso o amor que renuncia às estrelas para conviver entre Seus irmãos.
Que aceita todas as dores para ensinar que o reino de Deus está dentro de cada coração e que os tempos são chegados, de nos ajustarmos ao bem.
Ele colocou o amor em ação. Com Ele, foi estabelecido, com atos e fatos, o significado da solidariedade, da fraternidade, da tolerância, do amor que rege os nossos destinos.
Redação do Momento Espírita
Em 10.12.2022.
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