Ao falar a respeito da implantação do Reino de Deus, o Mestre de Nazaré deixou bem claro que ele está dentro de nós.
E aprendemos que somos dotados de instinto, essa inteligência rudimentar, que difere da inteligência propriamente dita.
Suas manifestações são quase sempre espontâneas, ao passo que as da inteligência resultam de uma combinação e de um ato deliberado.
Nos seres que têm a consciência e a percepção das coisas exteriores, ele se alia à inteligência, isto é, à vontade e à liberdade.
Isso nos remete a aprendermos a ouvir nossa voz interna, algo que, de um modo geral, abandonamos há algum tempo.
Podemos chamar de intuição. Ela funciona como uma bússola, uma ferramenta que se constitui em excelente auxiliar.
Pode nos ajudar a tomar pequenas decisões diárias, as quais nem percebemos, bem como nos assopra comandos que estão mais conectados com a nossa verdadeira essência.
Nada nos ajuda mais a enfrentar e a resolver dificuldades e problemas do que a intuição.
Ela é, na verdade, uma aliada formidável da nossa sobrevivência. E podemos completar: de nosso bem viver, de bem agir.
Um grande cientista, Albert Einstein, disse: A mente intuitiva é um dom sagrado, e a mente racional é um criado fiel.
Nós criamos uma sociedade que honra o criado e esqueceu o sagrado.
E atestou o quanto ele escutava sua voz interior ao declarar: Se eu não tivesse fé absoluta na harmonia da Criação, não teria tentado durante trinta anos expressá-la em uma fórmula matemática.
Podemos até nos indagar se essa voz estará sempre certa. Talvez queiramos procurar lógica em tudo que ela nos disser.
Mas, intuição é o que somos em essência. Normalmente, sofremos muita pressão externa.
É o que o mundo fala, o que as pessoas esperam, o que a sociedade impõe. Tudo isso acaba por nos criar medos e conflitos.
Então, preparemo-nos para ouvir nossa intuição, fornecendo saudável combustível a esse reino interior em nós.
Boas leituras, músicas que nos elevem a alma, orações.
Ela pode nos chegar como um sopro de vento. Algo generoso que nos diz: Vá por ali.
Ou, então: Espere um pouco. Não faça nada agora.
Descobriremos muita beleza atentando para nossa voz interna.
Einstein dizia que ela era como um salto da consciência, algo que, sem sabermos como e porque, muitas vezes nos acena com a solução de que precisamos para uma tomada de decisão.
Reflitamos em quantas vezes tivemos o que qualificamos como insights. Algo que parece vir do nada.
Também lembremos de quantas vezes desconsideramos essas intuições, para nos arrependermos, mais tarde.
Quantas vezes já teremos dito: Bem que eu tinha tido essa ideia, mas achei que era bobagem.
Escutemos mais nossa essência. O nosso racional não precisa ficar longe do nosso intuitivo. Em verdade, um pode auxiliar o outro na hora de decidir.
Aprendamos a deixar brotar, como uma nascente de água pura, essa essência que fala do que somos.
Seres imortais, provisoriamente ligados a um corpo de carne, para nos movimentarmos neste plano material. Para crescermos, para produzirmos o bem.
Ouçamos a voz de dentro.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo
Aprenda a ouvir a intuição, de Débora Zanelato, da
Revista Vida Simples, de novembro de 2017,
ed. CARAS.
Em 28.10.2022.
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