Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Diferentes aspectos

Observando a imensa diversidade de capacidades que encontramos na Humanidade, nos perguntamos como, afinal, fomos criados.

Terá Deus outorgado alguns dons a uns e a outros não? Há privilégios na natureza, sendo uns melhores que outros?

Considerando a coerência da Justiça Divina, chegamos naturalmente à resposta: todos fomos criados iguais, isto é, simples no sentir, e ignorantes no intelecto.

Assim, tudo o que dispomos e que nos distancia dessa simplicidade e ignorância, é conquista individual, resultante do esforço e das escolhas efetuadas a partir do livre-arbítrio, o que determina para cada qual um nível diferente na escala evolutiva.

Nessa caminhada, grande parte dos Espíritos que habitamos a Terra, já conquistamos a capacidade de discernir o bem do mal, o certo do errado, conforme os parâmetros das leis divinas.

É por essa razão que a maioria de nós não pratica deliberadamente o mal, evita prejudicar ou agir de maneira violenta para com os demais.

Porém, mesmo com esse nível de consciência e com a vontade de acertar que já nos caracterizam, é comum nos descobrirmos cometendo erros.

Nós nos propomos ser indulgentes para com os erros alheios, e nos pegamos tecendo comentários críticos, dando asas à fofoca e à maledicência.

Comprometemo-nos a ser mais pacíficos, e nos flagramos irritados, insultando os outros no trânsito e nas lides cotidianas.

Propomo-nos a ser pacientes e compreensivos e, no primeiro atrito familiar, erguemos a voz e chegamos a agressões verbais.

Desejamos ouvir mais e falar menos e, no entanto, não conseguimos ouvir toda a fala do outro, que nos parece não ter fim e o interrompemos para apresentar nossa opinião.

Por que agimos assim? Por que essa dificuldade em nos corrigirmos, em superarmos a nós mesmos?

Essa mesma angústia afligia o Apóstolo Paulo, a tal ponto que declarou para a comunidade cristã de Roma: Porque não faço o bem que eu queromas o mal que não quero, esse faço.

Esses diferentes aspectos que percebemos em nós, são resquícios de hábitos e valores que um dia alimentamos em nossa intimidade.

Acontece que, diante dos longos milênios do nosso existir, faz pouco tempo que passamos a direcionar os nossos esforços para valores mais nobres.

Amadurecemos intelectualmente e a razão nos esclarece a respeito dos caminhos a percorrer.

Porém, ainda não conseguimos mudar nossos hábitos milenares.

Por isso, inúmeras vezes, nas lutas cotidianas, nos vemos fazendo o que não gostaríamos de fazer.

Nós nos envergonhamos de algumas atitudes, nos arrependemos de outras, gostaríamos de nunca ter feito tantas coisas...

É natural que assim ocorra. Estamos todos em processo de aprendizado.

Dessa forma, não permitamos que esses tropeços nos desanimem ante a luta de nos tornarmos seres humanos melhores.

Entendamos que errar, sem satisfazer-se com o erro, é processo de crescimento.

Logo mais, com o continuado esforço e a disciplina de bem agir, as dificuldades de hoje se dissiparão e novas conquistas se apresentarão em nossa jornada.

Redação do Momento Espírita
Em 11.10.2022.

 

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