Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Nascer, viver, retornar

De forma contínua, homens se transferem desta vida para o Mais Além. A maioria, sem preparo algum.

Exatamente porque, embora saibamos que a morte é o destino final da vida física, vivemos como se isso não fosse verdade.

Mas, todos temos o mesmo destino. Morando em pequenas cidades ou em capitais famosas, depois de longos períodos de enfermidade ou de forma repentina, vitimados por acidentes ou fenômenos da natureza.

Ou, ainda, vítimas de guerras, de epidemias...

Ninguém é poupado.

O instrumento afiado, de que se serve a morte, atinge o pequenino, ainda em formação na câmara uterina, como nos primeiros anos da infância, na idade adulta, na juventude risonha ou na idade avançada.

De uma forma que nos parece estranha, abraça os sadios e deixa os enfermos. Escolhe alguns ricos e poderosos em vez de pessoas paupérrimas, que padecem toda sorte de necessidades.

Detestada por quase todos, alguns há que a desejam com ansiedade, no intuito de se liberar de dores que acreditam não mais suportar.

Continua sendo considerada um mistério da vida física e, muitos a ridicularizam, mesmo quando alcança pessoas próximas.

Como se fosse uma brincadeira, sorriem por não terem sido escolhidos por ela... ainda dessa vez.

Morte. Cantada por poetas, das mais diversas formas.

Muitas vezes, anuncia a sua visita, e se o viajor estiver atento, se prepara para a inevitável jornada.

Também aparece, inesperadamente, e sem maior consideração, afinal, desde que se nasce, estamos destinados ao seu encontro.

Para alguns, inspira compaixão. Também oferece saudades e agonia.

Contudo, a grande verdade é que morrer não significa acabar-se. Trata-se, apenas, da transferência de uma situação vibratória para outra.

Não pensemos em sono que nunca se acaba, nem em um local de delícias infindáveis.

Cada um de nós, ao deixar o corpo físico, encontra exatamente o campo que semeou. Cada morte é conforme a existência. Nenhum privilégio.

Já sentenciou jesus, há muito tempo: A cada um segundo as suas obras.

Por isso Ele veio viver entre nós e nos ensinar a experiência do amor, a nos libertarmos das más tendências, das heranças dos sentimentos grosseiros.

Ele desceu das estrelas para conviver no mundo, sem se contaminar, Espírito perfeito que era.

Apresentou-se como o Pastor das nossas almas e, diante da sua afirmativa de que nenhuma de suas ovelhas se perderia, confiemos nEle.

Preparados ou surpreendidos pela morte, guardemos a certeza de que bons Espíritos, amigos queridos nos virão dar as boas-vindas.

Saudarão nosso retorno entre abraços e votos de refazimento espiritual.

Alguns descansaremos, de forma breve, como o viajor que realiza uma grande viagem e precisa de alguns momentos para se refazer.

De todo modo, retomaremos tarefas, reveremos afetos do ontem e de dias mais distantes.

E todos nós, mais cedo ou mais tarde, depois de um breve ou longo período na Espiritualidade, retornaremos para o cenário terrestre, prosseguindo a crescer.

Ciclo da vida: nascer, viver, morrer, renascer. Finalidade: progresso até a perfeição.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Reencontro com a Vida,
do livro homônimo, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda,
 psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 10.10.1022.

 

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