Momento Espírita
Curitiba, 25 de Novembro de 2024
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É comum sonharmos com quem já não se encontra na vida física.

Alguns de nós, simplesmente dizemos que tudo não passou de um sonho um tanto doido, porque, afinal, quem partiu, não volta.

Sonho, é bom termos em conta, é a lembrança que guardamos ao despertar, do que nos aconteceu, enquanto nosso corpo físico dormia.

O escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, Coelho Neto, dizia que o sono é um mergulho na eternidade.

E o padre Antônio Vieira, filósofo do século dezessete, afirmava: O sono é a imagem da morte. Os sonhos são a imagem da vida.

Os sonhos retratam a vida e alma de cada um, com as cores de sua ação, dos seus propósitos e dos seus desejos.

Não será, portanto, justo que a saudade nos remeta ao encontro dos amores que se foram, quando nos libertamos parcialmente do corpo, enquanto dormimos?

Parece que nos esquecemos dos tantos relatos históricos de seres que se foram e retornaram para falar com seus amores.

Estariam todos com problemas mentais, fantasiando o que não existe?

Lembramos que o filho de Dante Alighieri sonhou com o pai, que lhe disse onde, exatamente, guardara os treze cantos do céu, parte final da sua grande obra: A Divina Comédia.

Dificilmente, encontraremos alguém que não tenha sonhado com seu pai, sua mãe, um amigo que já partiu.

Enquanto alguns nos apavoramos, imaginando que esses seres vieram para anunciar nossa própria morte, os que temos a certeza da Imortalidade, agradecemos esses reencontros.

Sim, verdadeiros reencontros. Quando dormimos, como Espíritos, nos libertamos, parcialmente, do corpo e vamos ao encontro de amores já vividos, desta ou de outras vidas.

Quando tornamos a ver, em nossos sonhos, nossos pais, amigos, companheiros queridos, é a comprovação de que a morte não destrói as afeições construídas.

Alguns deles nos visitam em nossas noites, para nos incentivar a prosseguirmos nas lutas.

Vêm para nos dizer que tudo passa, que os problemas terão solução, que a crise se amenizará.

Eles vêm nos falar da sua saudade. E se nos permitirmos sentir seus abraços, confiar em seu incentivo, despertaremos mais dispostos, menos saudosos, na manhã seguinte.

*   *   *

É consolador percebermos que somos Espíritos imortais vivendo, temporariamente, em um corpo material na Terra.

Maravilhoso e bom é reconhecer que quando nosso corpo não pode mais manter a vida física, nós, Espíritos, nos desligamos da matéria, que volta ao pó, e continuamos na vida.

Ficaremos admirados ao constatar a recepção por parentes e amigos que nos antecederam na morte.

Verificaremos, então, por nós mesmos, que se a bondade de Deus nos permitir, poderemos frequentar os sonhos dos nossos amores que ficaram na Terra.

Importante pensarmos na transitoriedade do corpo físico e na vida que prossegue.

Então, faremos coro à poetisa: Não chore à beira do meu túmulo, eu não estou lá.

Estou no soprar dos ventos, nas tempestades de verão e nos chuviscos suaves da primavera.

Estou no brilho das estrelas e no cantar alegre dos pássaros. Não chore à beira do meu túmulo, eu não estou lá, eu não morri.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Mergulho na Eternidade, do
livro
Viver em plenitude, de Richard Simonetti, ed. Gráfica São João e transcrição de
versos do poema
Não chore à beira de meu túmulo, da poetisa Mary Elizabeth Frye.
Em 1º.10.2022.

 

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