Tomamos decisões a todo instante.
Escolhas, palavras, ações, multiplicam-se em nosso dia a dia.
Curioso como a grande maioria delas precisamos tomar assim, no calor do momento, sem pensar muito, deixando, muitas vezes, que a força das circunstâncias decida por nós.
Aqui vai um grande alerta, um conselho dos que viveram mais do que nós, dos que estiveram nas mesmas estradas que agora trilhamos:
Não tomes decisões quando estejas emocionalmente alterado, sem o discernimento próprio para esse desiderato, porque o resultado será sempre perturbador.
A precipitação é companheira do desastre.
Primeiro, acalma-te, para depois assumires o comportamento compatível com a ocorrência em pauta.
Dessa forma, busquemos em nossa alma todo o conhecimento que já detenhamos, toda orientação moral que recebemos até este momento.
Busquemos, em nós mesmos, os conselhos da consciência, da voz das leis divinas.
Procuremos os mais sábios. Aqueles em quem confiamos. Todos os temos em nossas vidas.
Sempre haverá quem nos ofereça uma boa palavra, apresentará uma visão mais ampla de uma situação que, por vezes, enxergamos apenas por um ângulo muito pessoal.
A hora certa das decisões é a hora da ponderação, a hora do pensamento que refletiu com seriedade, e não o momento do impulso, da agitação, das emoções à flor da pele.
Percebamos no mundo quantas decisões imprudentes, tomadas em segundos, levaram a dores de séculos. Sofrimentos desnecessários, que poderiam ter sido evitados se houvesse um pouco mais de autocontrole no espírito humano.
Palavras que foram pronunciadas na hora indevida, com vibração incorreta. Gestos que feriram, que ocasionaram inimizades, conflitos que dificilmente serão esquecidos. Ações que nos colocam em ciclos de ódio e de vingança por tempos indeterminados.
Não culpemos os instintos. Não culpemos o outro. Não culpemos nem a nós mesmos.
Culpa apenas prende. Culpa apenas cristaliza sentimento nocivo.
Tomemos conta de quem somos. Sejamos senhores de nossas emoções. Assumamos as rédeas de uma vez por todas.
A hora certa das decisões é a hora da oração, do humilde pedido de auxílio a Deus, que sempre nos envia resposta e socorro no momento preciso.
A hora certa das decisões é a hora da cabeça boa, nem quente nem fria, mas entendedora da vida e de seus mecanismos.
Esta é uma vida de lutas, de provações, de aprendizados. Evitemos criar as expectativas ingênuas de uma vida sem embates, sem desafios e contrariedades.
As situações hodiernas sempre irão nos testar, sempre irão nos apresentar cenários, situações-problema, como se estivéssemos em constante prova.
Este é o panorama do planeta terra de hoje. A escola das provas e das expiações.
Saber decidir com sabedoria é uma arte - poderíamos muito bem afirmar.
A hora certa das decisões é a hora do coração em paz e da mente lúcida.
Aguardemos, ponderemos, sempre que possível.
Acostumemo-nos a agir e deixemos de reagir.
A hora certa é aquela que nos aproxima do bem.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 3,
do livro Vida Plena, de Divaldo Pereira Franco,
pelo Espírito Joanna de Ângelis, ed. LEAL.
Em 20.9.2022.
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