Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Paz social

A Humanidade vive uma época de esplendor intelectual.

A razão ilumina os mais variados setores da vida social.

A informática acelera e democratiza o fluxo das informações.

A medicina torna mais efetivo e humano o tratamento das mais diversas enfermidades.

Contudo, estranhamente, não se tem paz.

Países permanecem guerreando.

Inovações tecnológicas são utilizadas para disseminar vírus, pornografia e intolerância.

O desemprego aumenta.

Pobres morrem à míngua.

Crianças são prostituídas e exploradas.

Políticos mentem, furtam e fraudam.

Autoridades são coniventes com a criminalidade.

Empresários sonegam tributos e lesam seus concorrentes e auxiliares.

Empregados simulam doenças para não trabalhar e lesam, dessa forma, aos seus patrões.

As facilidades da vida moderna são inacessíveis a um enorme contingente de pessoas.

É de nos perguntarmos qual a causa para esse estado de coisas.

E a resposta é que a Humanidade atual é rica de intelectualidade, mas muito carente de moralidade.

O progresso intelectual é precioso e pleno de possibilidades.

Mas ele é apenas uma primeira fase do avanço geral da raça humana.

O intelectualismo é impotente para promover a regeneração da Humanidade.

Quanto mais inteligente é um homem, mais mal ele pode fazer, se não for moralizado.

O crime organizado é um exemplo disso.

Esse tipo de organização dissemina violência, corrupção e desagrega o tecido social.

Certamente seus dirigentes são inteligentes, mas utilizam muito mal o próprio potencial.

O intelecto apartado da ética produz armas tecnológicas, bombas sofisticadas, desgraças incontáveis.

Para que o progresso humano se consolide, importa combater o egoísmo.

Esse vício é que faz a criatura pensar unicamente em seus interesses.

O egoísta não se preocupa com a dor que espalha, mas apenas em levar vantagem.

Tudo está bem se suas paixões são satisfeitas.

A miséria que o rodeia não lhe diz respeito.

Ocorre que as consequências da desagregação social atingem a todos, mais cedo ou mais tarde.

Ela produz ódio, violência, insegurança.

É muito triste desconfiar permanentemente da intenção dos outros.

Seria maravilhoso viver em um mundo composto por pessoas honestas, justas e bondosas.

Está nas mãos de cada um adotar medidas para que a situação atual seja alterada.

Qualquer transformação social sempre começa no indivíduo.

Importa, pois, combater o próprio egoísmo.

Lutar contra a vaidade, que se funda na importância demasiada dada à própria personalidade.

Aprender a ser feliz com o sucesso alheio, sem despeito.

Esforçar-se em pensar no bem-estar do próximo.

Sentir-se responsável pelo país e pelo planeta em que se vive.

Dar exemplos de ação desinteressada.

Não calcular as perdas e ganhos de cada ação.

Aprender a servir ao próximo, pelo prazer de causar alegria.

Incutir noções de solidariedade nas crianças.

O progresso moral é mais difícil de se trabalhar do que o intelectual.

Mas apenas a disseminação de uma nova moral, fundada na solidariedade, pode produzir a paz social.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.
Em 9.9.2022.

 

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