A Pinacoteca de São Paulo é um dos mais importantes museus do país, tanto pelo prédio onde está localizada, quanto pela riqueza das obras.
O belo e histórico prédio foi construído em 1900 e está situado no Jardim da Luz, no centro da cidade de São Paulo.
Em seu acervo, há peças clássicas de artistas brasileiros como Tarsila do Amaral e Cândido Portinari.
Também uma da artista Lenora de Barros, intitulada Procuro-me.
Essa obra é composta por várias fotos em preto e branco, retratando a autora com expressão de espanto, mudando apenas o penteado em cada foto.
Elas têm um formato semelhante aos anúncios de pessoas desaparecidas e, na parte superior do quadro, a identificação está em letras grandes e vermelhas: Procuro-me.
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Será que temos nos procurado conhecer?
Será que, ao nos olharmos, também temos uma expressão de espanto?
Será que nos conhecemos?
Podemos fazer esse percurso de nos autoconhecer e desfrutar desse processo.
Para isso, é imprescindível o autoexame dos comportamentos mentais, emocionais e físico-sociais.
Esse processo inicia em nossa mente, exercitando o pensar voltado ao bem-estar, afastando pensamentos perniciosos.
É preciso nos mantermos vigilantes contra os hábitos prejudiciais da autocompaixão, da censura ao comportamento dos outros, da autopunição e autodesvalorização, da inveja e de outros componentes do grupo das paixões anestesiantes.
Importante nos interrogarmos a respeito de quem somos, e quais as possibilidades de que nos podemos utilizar para o nosso desenvolvimento íntimo.
Nesse processo permanente de nos conhecermos, devemos ter a certeza de que o nosso destino é a felicidade, mas que para alcançarmos esse fim, precisamos nos esforçar, termos persistência.
Quando as forças diminuírem, conservemos a certeza de que não estamos sozinhos.
Peçamos ajuda para pessoas de nossa confiança. Ou a profissionais habilitados e aos bons Espíritos, que sempre nos acompanham.
Se nos conhecermos, saberemos quais recursos poderemos utilizar para o desempenho das tarefas e funções que nos cumpre executar, aceitando-as como parte do processo existencial, no qual nos encontramos.
Essa compreensão nos dará dignidade, enriquecendo-nos de entusiasmo a cada conquista, como perspectiva da próxima vitória.
Se nesse percurso nós errarmos, não nos lamentemos. Aproveitemos a lição, conservemos o aprendizado e sigamos em frente, sem processos de culpa que só atrasam o nosso caminhar.
Se acertarmos, reforcemos nossa coragem para seguir em frente, pois sabemos que a jornada é longa.
Iniciemos o quanto antes essa busca por sabermos quem realmente somos.
O autoconhecimento nos confere humildade perante a vida, porque identificamos as imperfeições de que somos portadores.
Também porque, conscientes da nossa realidade, especialmente a de que somos um Espírito criado à imagem e semelhança do Criador, aprenderemos a irradiar o amor de nossa intimidade para o nosso derredor.
Com isso, estaremos trilhando o caminho que nos conduzirá à felicidade que desejamos para nós mesmos.
Redação do Momento Espírita, com transcrição do cap. 8,
do livro Autodescobrimento, uma busca interior, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 19.8.2022.
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