Os homens são diferentes entre si.
O que parece fácil para um pode ser muito difícil para outro.
Todos os que vivem na Terra têm suas nuances de luz e de sombra.
Cada qual carrega no íntimo suas grandezas e suas misérias.
Muitos têm a ventura de não guardar rancor.
Em face a ofensas, esquecem e perdoam facilmente.
Entretanto, podem ser bastante mesquinhos com seus haveres materiais.
Outros são generosos com seus bens, mas seguem vaidosos.
Um pode ser modesto, mas é preguiçoso.
Outro talvez seja trabalhador, mas é orgulhoso.
Essas maneiras de ser refletem o estágio evolutivo ainda incipiente dos habitantes da Terra.
Aos trancos e barrancos, os homens vão conquistando os valores de que necessitam em sua jornada pela eternidade.
Para a grande maioria falta consciência do propósito de suas vidas terrenas.
Por não saberem o que vieram fazer na Terra, perdem tempo com bobagens.
Caindo inúmeras vezes em erros da mesma espécie, evoluem de forma vagarosa e sofrida.
Caso tivessem um planejamento definido, lhes seria mais fácil avançar.
Quem não sabe para onde deseja ir não chega a lugar nenhum.
A vida é regida pela lei de progresso.
Todos os Espíritos se destinam à angelitude.
Para atingirem a meta, necessitam abandonar seus vícios e defeitos e crescer em sabedoria e amor.
Raras pessoas se lembram de suas vidas passadas.
Isso ocorre porque recordar equívocos é um fardo pesado demais.
Contudo, todos podem ter noção do que já viveram a partir da análise de seus atuais pendores.
O Espírito não regride na escala evolutiva.
Valores morais e intelectuais conquistados jamais são perdidos.
Assim, as falhas morais de hoje indicam os equívocos ainda não corrigidos do pretérito.
Não é necessário saber o que se foi no passado.
O relevante, em face da vida, é melhorar sempre.
A análise do próprio caráter fornece um claro roteiro das lutas por empreender.
Essas lutas talvez pareçam pouco interessantes.
Suas vitórias não arrancam aplausos do mundo.
Suas derrotas também não são testemunhadas por terceiros.
Mas a criatura que se vence e cresce, em amor e sabedoria, experimenta a esplêndida ventura de se perceber digna e bondosa.
Analise, pois, o seu caráter e as suas tendências.
Verifique quais vícios o infelicitam e o impedem de ser íntegro, trabalhador e generoso.
Talvez o amor próprio dificulte a autoanálise.
Para driblá-lo, é interessante se colocar na posição de observador imparcial.
Imagine suas atitudes sendo praticadas por alguém que você não aprecia muito.
Pense o que diria dessa pessoa, se ela fizesse o que você habitualmente faz.
Caso considere reprováveis seus atos nos outros, é porque eles são mesmo condenáveis.
Consciente de suas dificuldades, dedique-se a burilá-las.
Você nasceu para domar seus maus pendores e crescer em entendimento e compreensão.
Caso não faça a sua tarefa agora, terá de fazê-la mais tarde.
E, no futuro, as condições talvez sejam mais difíceis do que as atuais.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita
Em 21.7.2022.
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