Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Sem jamais esquecer

Quando aquela jovem engravidou, se encheu de felicidade. Seu grande desejo era ser mãe e ela o iria concretizar.

Plenamente consciente da grande responsabilidade, ela passou a ter interessantes conversas com seu bebê, enquanto acariciava a barriga, crescendo a cada dia.

Meu anjinho, você está recebendo um corpo novo para viver na Terra.

Ele terá tudo o que você precisa para evoluir. Você poderá gostar dele ou não, mas será o corpo que terá por toda a vida aqui.

Você sabe, a Terra é uma escola incrível, e você já está matriculado no curso da vida, onde vai aprender muito.

É uma escola especial onde as lições são repetidas até que aprendamos.

Meu amor, a Terra ainda faz o papel de grande oficina, onde podemos consertar nossos enganos, erros e diferenças.

As conversas eram longas, todos os dias.

Ela desejava que seu filho pudesse chegar ao mundo físico, ciente de muitas coisas. Então, falava:

Na Terra, filhinho, nós temos as ferramentas que precisamos para burilar nossas asperezas e tornarmos bela nossa alma.

Claro que você se servirá do seu livre-arbítrio. Poderá seguir para o progresso mais rápido ou mais lentamente.

Uma coisa que desejo não esqueça é que Deus lhe destinou um pai e uma mãe.

Um pai que o conduzirá pela mão, pelas estradas do mundo. Ainda nem sei se você será menino ou menina. Se gostará de futebol ou de bonecas.

Se gostará de estudar ou não.

Mas, estaremos aqui, seu pai e eu para ajudá-lo, no que for preciso.

E, a não ser que o bom Deus decida nos levar antes, estamos preparados para acompanhar toda sua trajetória de progresso nesta Terra.

Venha, meu filho, estamos aguardando você, com amor, com muita alegria.

*   *   *

Em tempos de tantos métodos anticoncepcionais e de tantos que assinalam, no seu currículo terreno, não terem filhos, conseguir quem nos aceite oferecer um corpo para viver, entre os homens, é uma glória.

Com milhares de nascimentos diários, imaginamos que tudo deva ser muito fácil.

Mas não é. Se nascem em torno de trezentos e oitenta mil crianças por dia, no planeta, imaginemos que o triplo de Espíritos existam, aguardando essa oportunidade.

Nascer é uma grande chance.

Somos a concretização de um ato de amor, de uma mãe, de pais. Alguém disse sim para nossa concepção.

E nos permitiu vir à luz. Com certeza, por isso, nossa primeira reação, fora do útero materno, é chorarmos.

É o nosso grito de vitória: Conseguimos.

Dessa forma, devemos ser gratos por estarmos na Terra. Não importa se nossas lutas são ferrenhas, se temos problemas de saúde a superar, se não temos tudo o que gostaríamos.

Estamos vivos. E a vida é uma luta constante. Viver é lutar.

Lutar para que o ar encha nossos pulmões, que o sangue alimente o cérebro, que a bomba cardíaca realize a sua tarefa constante.

Sejamos gratos a quem nos permitiu nascer. A quem cuidou de nós para que os dias se sucedessem e continuássemos por aqui.

Por quem nos alimentou, banhou, agasalhou, consolou.

Gratidão deve ser nossa palavra de ordem, diária. Gratidão a quem nos gerou, a quem segue conosco, a quem nos ampara.

Gratidão a Deus pelo dom da vida!

Redação do Momento Espírita
Em 25.6.2022.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998