Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Amor à primeira vista

Os descrentes do amor afirmam que isso não existe. Tudo não passa de um entusiasmo momentâneo de alguém que procura, ansiosamente, preencher o vazio da sua vida, na crença de que um afeto ao seu lado, tudo solucionará.

Outros dizem que isso é coisa de romance, de novela, de filmes que desejam atrair os aficcionados em ilusão e irrealidade.

No entanto, conhecemos tantas histórias concretas de casais que dizem que tudo aconteceu num primeiro momento.

Foi um encontro em uma festa, uma troca de olhares inesquecíveis, o bailarem juntos em certo momento.

Um amigo nos confidenciou que viu uma jovem passar em frente à sua casa, com o uniforme da escola. Foi olhá-la e sentir uma chama surgir do vulcão do afeto e afirmou: Vou casar com essa moça.

Alguns dizem que do namoro ao casamento tudo foi muito rápido. E lá se vão dezenas de anos juntos, no palco das tristezas e das alegrias conjugadas.

A História registra muitos acontecimentos dessa ordem.

Lemos sobre o pedagogo francês Rivail. Tinha vinte e sete anos.

Desde que viera para a capital parisiense, dedicara-se à educação de crianças e jovens. Era o ideal de sua vida.

Ele, então, viu uma jovem que fez bater seu coração de forma diferente. Na verdade, o fez disparar como se quisesse saltar do peito.

Onde terá sido esse encontro?

Vivendo em Paris, no mundo das letras e do ensino, era natural que um dia a senhorita Amélie deparasse com o professor Rivail.

Ela era poetisa, professora de Belas Artes e já publicara três livros. Ele tivera sua primeira obra pedagógica publicada aos vinte anos.

Quem sabe, terão cruzado seus olhares na apresentação da peça teatral Hernani, do grande Victor Hugo, que estreou em Paris, em fevereiro de 1830?

Afinal, ele apreciava o poeta e escritor, tanto quanto o teatro. Ela, admirava Victor Hugo.

Amélie logo se fez notar pelo sorriso terno e bondoso, sua gentileza e graciosidade.

O que se sabe é que na primeira carta que Rivail escreveu para a amada declarou: Apresso-me em exprimir diretamente toda a alegria em ter autorização de vosso pai para vos escrever.

Como seria feliz se encontrasse eco em vosso coração a minha expectativa. Anseio por poder, de viva voz, expressar as esperanças de felicidade que deposito em nossa união.

Embora só tenha tido o prazer de ver-vos uma vez, anseio vivamente que nenhum obstáculo venha retardar a realização dos meus desejos.

Ele a vira uma vez e tão logo lhe é permitido dirigir uma carta a ela, a pede em casamento.

A união se concretizou e viveram uma vida de muitas realizações e carinho, durante trinta e sete anos, até a morte dele.

*   *   *

Afirmamos que existe sim, amor à primeira vista... Nesta vida. Isso demonstra a existência de momentos já vividos, em outro tempo, ao lado daquela pessoa.

Mais, de que, antes de nascerem, nesta existência, programaram esse reencontro na Espiritualidade.

Alguns, pelo amor que os une há muitos séculos. Outros, além disso, pelas missões que ambos se dispõem a abraçar, no mundo.

Amor à primeira vista, leal, verdadeiro? Existe, sim. Acreditemos. São reencontros de almas do ontem...

Redação do Momento Espírita, com dados colhidos no artigo
 
A primeira carta de um namorado para sua namorada, publicada
 na edição de janeiro/2017 do
Jornal Mundo Espírita, ed. FEP
 (http://www.mundoespirita.com.br/.
Em 9.6.2022.

 

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