Sacrifício é a prática de se oferecer aos deuses, como oferenda, animais, seres humanos, colheitas e plantações.
Nos registros bíblicos, o primeiro sacrifício foi oferecido pelos irmãos Caim e Abel. A narrativa induz a se acreditar que o sacrifício animal foi mais agradável para a Divindade.
Ao tempo de Jesus, eram comuns os sacrifícios de animais, no Templo de Jerusalém.
Na cidade de Creta, foram encontrados vestígios de corpos humanos sacrificados. No mito de Teseu e do Minotauro, evidencia-se que o sacrifício humano era comum.
É também um assunto comum nas religiões e mitologia de diversas culturas.
Para acalmar a ira dos deuses ou atrair as suas graças, o homem entendeu que deveria lhes ofertar algo.
Os sacrifícios ao deus Baal são descritos, ao longo da História, em épocas diferentes.
Interessante se observar que quem almeja acalmar a ira dos deuses, ou atrair as suas graças, não oferece a si mesmo. Mas elege a um terceiro como oferenda.
Os achados arqueológicos evidenciam que a maioria dos sacrifícios era de jovens ou crianças.
Isso nos parece extremamente bárbaro. Desumano.
E, no entanto, tudo isso continua ativo, em nossos dias.
Já nos demos conta de quantos jovens escolhemos para a matança indiscriminada? São os melhores, os mais fortes, os mais saudáveis.
Todos são enviados para serem sacrificados nos altares de um deus chamado guerra, que estoura em nome do egoísmo, pai de todos os vícios.
No Terceiro Milênio, como podemos continuar a nos destruirmos assim? Destruir o nosso futuro, sacrificando nossos jovens?
E não são alguns poucos aqui e ali. São centenas, são milhares.
Jovens, que deveriam estar nas universidades, ilustrando suas mentes; jovens que deveriam estar nos institutos de pesquisas, debruçando-se sobre o que há de melhor a ser criado para benefício da Humanidade; jovens que deveriam estar se preparando para a formação de um novo lar; jovens que têm seus corações ansiando por outro que bata ao seu mesmo compasso de ventura e felicidade: são esses que sobem os degraus dos altares erigidos por nós.
Altares de sacrifícios humanos na terra, no mar, no ar.
Nossos filhos. Nosso amanhã sendo sacrificado.
É tempo do amor verdadeiro prevalecer. E de lutarmos pela conservação da vida dos nossos filhos, dos filhos do nosso vizinho, dos filhos do nosso irmão.
Vibremos pelo fim das guerras individuais, aquelas que começam na nossa intimidade e agridem quem está ao nosso lado.
Vibremos pelo fim dos confrontos bélicos, dizendo aos nossos governantes que o que desejamos é viver numa terra de paz, onde a ordem e o progresso sejam as normas.
Que desejamos viver num mundo onde as fronteiras não definam ambições, nem desejo de posse.
Nossas crianças desejam crescer sem medo. Nossos jovens desejam lutar pelo diploma universitário, pelo primeiro emprego, pelo serviço à sociedade.
O mundo novo deve ser um mundo onde nos estendamos as mãos, nos auxiliemos porque, afinal, nesta Terra, somos uma única e grande família.
A família humana, desejando alcançar a angelitude.
Pensemos nisso. Trabalhemos por isso.
Redação do Momento Espírita.
Em 9.5.2022.
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