Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Qual o nosso problema?

Éramos sete representantes religiosos. Estávamos ali para falar a respeito do mundo sustentável, de como cada religião interpreta a questão e o que pode fazer a respeito.

O que ouvimos foram referências de cuidados com nossa casa planetária, respeito à fauna, à flora. Cuidados para com nossos irmãos, os animais.

Conservação das florestas, dos rios, das fontes. Colaboração para a não poluição do ar que respiramos, do ambiente em que nos movemos.

Cada qual falou com propriedade e nos sentimos todos como se estivéssemos de mãos dadas, em um esforço conjunto.

Lembramos Jesus, o Primeiro e Maior Ecologista. Suas pregações em plena natureza.

Os exemplos que extraía do Seu entorno: da erva do campo, as sementes minúsculas, as aves do céu.

Também do Cristo da Idade Média, que tinha uma relação fraterna com tudo a sua volta, encarando todos como seus irmãos.

Dissemos de como dependemos dos grãos de terra, das pedras, dos rochedos, das montanhas, do mar, do vento, da água, do sol, da lua, dos vegetais, das flores, porque o bom Deus criou tudo isso para que se tornasse possível a vida.

Falamos da riqueza do homem no inesgotável tesouro da Criação.

E nos vimos como criaturas feitas à Imagem e Semelhança de Deus, parte integrante de todos os elos da Criação universal.

Depois, para uma centena de adolescentes, respondemos a indagações sobre os mais diversos assuntos.

E as palavras Deus, Pai e Criador, Providência Divina, Imortalidade brotavam dos nossos lábios, como flores de esperança e de gratidão.

Todos falamos do bem, do amor, da compaixão, da necessidade de, irmãos, nos auxiliarmos uns aos outros.

Nenhuma nota dissonante. Absoluto respeito enquanto nos olhávamos nos olhos e discorríamos a respeito da doutrina que abraçamos, seguimos e divulgamos.

Uns falamos em Deus, outros em Yaweh, Jeová ou Alá. Uns mencionamos Jesus, outros Maomé e profetas diversos.

Falamos dos dons espirituais e nos demos conta de que uns falamos de comunicabilidade dos Espíritos, enquanto outros apontamos revelações divinas, inspirações especiais.

O ponto central é o mesmo. Uns celebramos santos, outros dizemos que os Espíritos do bem nos assessoram.

Quando nos reunimos em torno da mesa para um pequeno lanche, um monge ergueu a voz, em oração.

O que ouvimos foi um poema de gratidão, de paz, de amor brotar dos lábios de quem conduziu nossos pensamentos.

Uma aura de harmonia nos envolvia. Podíamos todos senti-la.

Ao nos despedirmos, emocionados e um tanto enriquecidos, por termos aprendido um tanto mais a respeito do outro, nos indagamos: Se nosso discurso é tão coerente e fraterno;

Se oramos juntos, se podemos conviver algumas horas, em perfeita harmonia, por que ainda nos digladiamos, fora dos nossos templos?

Por que ainda anda tão distante o nosso discurso da nossa ação?

Pensando exatamente nisso é que abraçamos as orientações espirituais que, há mais de século e meio, nos asseveram: Os bons são tímidos. Quando quiserem, preponderarão, ou seja, seremos mais influência, predominaremos.

Já é tempo de nos abraçarmos de forma incondicional e trabalharmos, verdadeiramente unidos, pelo bem da nossa sofrida Terra. Nossas sofridas nações.

Amemo-nos.

Redação do Momento Espírita
Em 10.2.2022.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998