No período em que Jesus viveu, neste planeta, havia muitas restrições estabelecidas para as mulheres, entre Seu povo.
Elas deviam fidelidade absoluta ao marido, embora não pudessem exigir a reciprocidade. E lhe deviam ser totalmente submissas.
No aspecto legal, a mulher, na Palestina do primeiro século, era considerada incapaz e lhe era vetado realizar negócios.
Na eventualidade de realizar algum, poderia ser desfeito pelo seu marido, se assim não concordasse.
Contudo, elas tinham um papel fundamental na manutenção do lar. Eram responsáveis por fiar os tecidos, produzir o pão, que era a base da alimentação da família.
Tinham o dever de providenciar o azeite, essencial na alimentação e, também, para manter acesas as lâmpadas, em especial no dia do Sabbat.
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Foi nesse ambiente, que Jesus se evidenciou como exemplo de respeito e dignidade para com as mulheres.
Com Jesus começou o legítimo feminismo. Esse que traça nos corações diretrizes superiores e santificantes.
Em variadas passagens dos Evangelhos, recolhemos o Seu tratamento especial para com as mulheres.
No poço de Jacó, quando se dirige à mulher samaritana, Ele derruba preconceitos.
Um homem não se dirigia a uma mulher, em público, mesmo que fosse a sua esposa. Entretanto, Jesus estabelece um diálogo com ela.
Ademais, os samaritanos eram um povo de rivalidades históricas com os judeus.
Mas, será para essa mulher que Jesus se revelará como a fonte de água viva, aquela que sacia para sempre. Ele era o Messias.
Será para uma mulher que Ele se apresentará, em primeiro lugar, anunciando a Sua Imortalidade, após a morte na cruz: Madalena.
Será para as irmãs de Lázaro, Marta e Maria, que concederá excepcionais lições. Enaltece a escolha de Maria, quando ela se dispõe a ouvi-lO.
Consola o coração de Marta, após a aparente morte do irmão, dizendo que ele tornará a viver. E cumpre o prometido, devolvendo-o aos braços de ambas as irmãs.
No episódio do iminente apedrejamento da mulher adúltera, Jesus advoga a causa do julgamento justo, estabelecendo que atirasse a primeira pedra aquele que não tivesse equívoco algum em sua consciência.
Concede honra à acusada, dizendo-lhe que se erga, refaça sua vida e não torne a cometer o mesmo desatino.
O Evangelho inaugura Nova Era para as esperanças femininas.
Figuras extraordinárias se evidenciam nas páginas da Boa Nova.
Registramos a lucidez de Isabel, a mãe do precursor, sabendo exatamente quem era o Espírito missionário do filho que estava gerando.
Tanto quanto descobre em sua prima, Maria, a excelsa mãe do Seu Senhor.
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Desde esses dias, a Humanidade vem avançando no tratamento igualitário entre homens e mulheres.
Cabe nos indagarmos como tem sido o nosso próprio proceder. Como temos nos comportado para com nossas mães, nossas irmãs, esposas, amigas, colegas de trabalho.
Estamos colaborando nesse processo de sedimentação de uma sociedade mais igualitária?
Homens ou mulheres, somos credores de respeito, justiça e igualdade.
Trabalhemos nesse sentido.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 93, do livro Pão Nosso,
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB e no
item VI, pt. 2, do cap. 2, do livro A vida quotidiana na Palestina no tempo de Jesus,
de Daniel Rops, ed. Livros do Brasil Lisboa.
Em 3.2.2022.
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