Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone A natureza ensina

É comum contemplarmos a criatividade de costureiros e alfaiates. Algumas criações realmente nos causam admiração, pela concepção das linhas, a arte, beleza, leveza.

Eles unem tecidos, fios, botões, flores, joias e compõem uma vestimenta que, diríamos, digna de um rei.

Não menos admiráveis são certas edificações erguidas pelo homem.

Edifícios que parecem escalar as nuvens, formas arrojadas, concepções extraordinárias que imitam um olho, uma nave espacial, uma agulha desejando alcançar alturas.

Obras de ousados costureiros, engenheiros e arquitetos.

Entre as aves, existe um pequeno pássaro, nativo da Ásia tropical, cuja característica mais intrigante não é o canto, mas sua extraordinária engenhosidade na construção do ninho.

Normalmente, a fêmea escolhe folhas sólidas a, no mínimo, metro e meio do solo e no final dos galhos, onde existe menos chance de serem alcançadas pelos predadores.

Ela testa as dimensões e a resistência das folhas, se enrolando nelas.

Consideradas ideais as condições, a fêmea operosa começa a trabalhar. Com os pés, puxa duas folhas e com o bico perfura as bordas de uma e de outra.

Nesses orifícios, com fibras das plantas ou teias de aranha, ela começa o processo de confecção de um berço.

A costura é primorosa. O ninho não se desmancha, seja pelo material usado, seja pelo complexo padrão da costura.

Um ninho pode ter entre cento e cinquenta a duzentos pontos.

Ver essa ave trabalhar é realmente encantador.

Se, no processo de construção, acontece de uma das folhas se rasgar, o pássaro alfaiate lida com isso, sem problema, acrescentando outra folha.

Caso sejam irreparáveis os danos, sem cansaço, tudo recomeça do início.

Pronto o ninho, a fêmea o preenche com penas e material vegetal para a incubação dos ovos e a recepção dos filhotes.

Fantástico! Eis aí um costureiro/ arquiteto/ engenheiro.

É de nos perguntarmos: quem ensinou a esse pássaro essa técnica primorosa?

Buscar a matéria-prima ideal, o local de mais difícil acesso a predadores, testar a resistência, dar-lhe a forma de que necessita para abrigar os filhotes.

Sabemos que o que rege os animais é o instinto, essa inteligência rudimentar.

As manifestações do instinto são espontâneas e variam conforme as espécies e suas necessidades.

Mas que coisa espetacular é o instinto nos animais.

Entre nós, humanos, a ciência, a arte, o saber são passados, de geração a geração e, a partir da base aprendida, o homem cria variações e aprimoramentos, graças à sua inteligência.

Isso se chama progresso. Lei Divina.

O instinto é sempre a mesma nota melódica. Sempre o mesmo, lei que estabelece científica e matematicamente o equilíbrio da flora e da fauna na face da Terra.

Por isso, os que temos olhos de ver, ao contemplarmos a natureza e suas nuances, nos indagamos: Quem deu o instinto aos animais?

Quem estabeleceu coisas tão impressionantes a cada espécie para lhes assegurar a vida?

E é o vento que nos responde, numa sequência de sons, como um mantra recitado em uníssono: Foi Deus, o Criador.

Foi Deus, o Pai. Foi Deus, Amor.

Redação do Momento Espírita, com frase da obra
 
Sete razões pelas quais um cientista crê em Deus,
 
de Cressy Morrison, ed. Fleming H. Revell.
Em 4.11.2021.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998