Existem acontecimentos que fazem uma diferença enorme em nossas vidas.
Por vezes, um aceno de mãos em meio ao trânsito, algumas palavras carinhosas recebidas no WhatsApp, um pequeno gesto de gentileza, dão ânimo a alguém desanimado, desalentado.
Uma iniciativa que tomamos para um colega, um conhecido, um amigo, em determinado momento, pode provocar-lhe sentidas emoções.
Foi o que aconteceu com o jovem Maicon, no supermercado em que trabalha.
Ele é estimado pelos companheiros, por sua educação e disposição para ajudar a quem precise.
Quando os colegas ficaram sabendo que Maicon estava aniversariando, fizeram uma coleta e compraram um bolo para comemorar seu dia.
Quando lhe entregaram o bolo e cantaram o Parabéns a você, o rapaz emocionou-se, em demasia. Agradecendo, não conseguiu conter as lágrimas.
Disse que era a primeira vez em sua vida que era comemorado o seu aniversário.
Sua mãe não podia dar-se ao luxo de lhe oferecer um bolo, dada as dificuldades enormes para manter os filhos. E ele agora, ali estava com um bolo, nas mãos, presente dos seus colegas.
Ninguém imaginava que essa comemoração fosse inédita na vida do rapaz e se emocionaram junto com ele.
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O ser humano, por mais se considere bem resolvido e pense não ligar para certas coisas, como gestos amistosos ou de carinho, sempre descobre que isso não é verdadeiro.
Quem diz não se importar de sentir-se aceito, respeitado, querido, em verdade, acaba por se descobrir carente de tudo isso.
A carência afetiva atinge todas as faixas etárias, culturais e sociais.
É um mal que vai consumindo devagarinho, entristecendo o ser, deixando marcas.
Mas, quando se é um bom amigo, bom irmão, bom companheiro, torna-se fácil ofertar manifestações de apreço, de amizade.
Na vida prática de Jesus, observamos o quanto Ele prestava atenção aos sentimentos dos que O rodeavam.
Adentrando a cidade de Naim e vendo passar homens carregando um corpo para o sepultamento, observa a dor da mãe viúva que o acompanha.
Então, por identificar que o jovem estava em sono letárgico, e não morto, restitui o filho amado aos braços maternos, convocando-o a reassumir o comando da própria vida.
Quando entra em casa de Simão Pedro, que O recebia em seu lar, percebendo a preocupação da família, ora e cura a sogra do amigo, tomada por febres.
Procurado por um centurião romano, aflito com a saúde do seu servo, dispõe-se a curá-lo.
Ele, o Mestre, nos ensinou a nos mantermos atentos ao nosso entorno, descobrirmos as dores do próximo e fazer ao outro o que gostaríamos nos fosse feito.
Comecemos, pois, esse exercício e haveremos de descobrir quanta alegria poderemos espalhar, com muito pouco.
Principiemos a descobrir quem anda desanimado, entristecido, nas passarelas da vida.
Pode ser que lhe baste um cumprimento, saber que alguém se importa com ele.
Talvez um café, um bolinho, uma flor possa tornar diferente o seu dia.
Com certeza, não haveremos de resolver os problemas do mundo, mas se colaborarmos para a felicidade de alguém a cada dia, nós mesmos haveremos de nos sentir muito realizados.
Redação do Momento Espírita,
com fato extraído do site
https://www.psicologiasdobrasil.com.br.
Em 11.9.2021.
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