Quando renascemos, deixando as paisagens espirituais para a jornada de trabalho e crescimento na Terra, é comum que nossa alma, no transcurso dos anos, se sinta cansada.
Cansaço que se reflete no corpo, e, podemos, se não tomarmos cuidado, adentrar pelas vielas do desânimo, da desesperança e até adoecermos.
No entanto, a Bondade Divina estabeleceu que, num dia de vinte e quatro horas, registremos a necessidade do sono.
Sono que se constitui em refazimento das energias físicas.
É nosso momento de liberdade.
Enquanto dormimos, a alma deixa o corpo, de forma parcial, e se dirige para onde a conduzem os sentimentos.
Por isso, alguns de nós vamos a lugares onde podemos nos ilustrar um tanto mais, onde podemos estudar, aprender.
Muitas vezes, quando no transcorrer das horas do dia, nossa mente fica detida em determinada problemática, buscamos orientação e auxílio no mundo de onde viemos.
É comum sonharmos, então, com pessoas com as quais discutimos o assunto e, ao despertar, trazemos ideias para a solução do problema.
A sabedoria popular classificou essa questão de uma forma muito simples dizendo que O travesseiro é bom conselheiro.
Mas, aqueles que trazemos a alma saudosa dos amores que se foram e vivem a vida do Espírito, podemos ter encontros muito significativos.
Simplesmente, vamos ao encontro deles, na pátria espiritual, em que se encontram.
Vamos encontrá-los em jardins, em lugares que nos parecem paradisíacos.
Eles nos conduzem pela mão, como Beatriz conduziu a Dante Alighieri, pelas estradas que ele considerou o próprio paraíso.
Mostram-nos onde vivem, falam-nos do que fazem. E, cientes dos nossos problemas, nos estimulam a prosseguir, a não abandonar a arena da Terra.
Retornamos, após as horas de sono, lembrando desses encontros. Lembranças vívidas, doces, felizes.
Alguns poderemos trazer a exata impressão de um abraço apertado, de um aconchego ao peito, de muitas palavras pronunciadas, embora nossa mente possa não ter registrado a todas elas.
Mas, dizemos, foi um encontro muito bom. Diminuiu a intensa saudade, colocou água fresca no vaso da sentida ausência física.
Doces sonhos. Uma mãe encontra o seu pequeno que lhe diz: Não chore mais, mamãe. Estou com Jesus. Estou bem.
Um filho encontra os pais que lhe afirmam: Estamos acompanhando o seu progresso. Vibramos para que consiga o diploma que almeja. Desejamos seja vitorioso.
O noivo tem um encontro com a noiva que partiu antes mesmo das bodas a lhe dizer: Amado meu, não fique cultuando tanto minha memória. Abra-se ao amor.
Há caminhos à sua frente e estou me preparando para retornar aos seus braços. Aguarde-me.
Não feche o seu coração. Não encerre sua vida como se tudo estivesse acabado.
Amamo-nos, sim, mas o amor é sublime e tem muitas nuances. Voltarei aos seus braços.
Doces reencontros. Bendito sono. Abençoados sonhos.
Preparemo-nos, a cada noite, para o repouso físico. Preparemo-nos para benéficos passeios espirituais.
Uma página salutar para higienizar a mente.
Uma prece para dulcificar a alma.
Redação do Momento Espírita
Em 3.9.2021.
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