Momento Espírita
Curitiba, 26 de Novembro de 2024
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ícone Sigamos o Bom Pastor

Eu sou o Bom Pastor e conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem.

Jesus se servia, em Seus discursos e em Suas parábolas, de analogias com situações, presentes no meio social da época e do local, em que viveu, neste planeta, facilitando a compreensão das Suas lições.

A atividade do pastoreio era, então, comum e importante. Uma das mais antigas profissões rurais em Israel.

Por isso, os cuidados que os pastores tinham para com o rebanho eram bem conhecidos.

Sabiam que o pastor ficava muito tempo com suas ovelhas, de dia guiando-as aos melhores lugares. À noite, permanecendo com elas, no aprisco.

O pastor cuidava da alimentação, do acesso à água, da proteção e segurança. Dispensava cuidados aos animais doentes e feridos, bem como para as ovelhas prenhes e os recém-nascidos, além de fazer a tosquia do pelo, duas vezes por ano.

O pastor também defendia seu rebanho de presas ferozes, muitas vezes, colocando sua própria vida em risco.

Esse contato próximo e contínuo com as ovelhas, permitia a formação de um laço afetivo entre elas e o seu pastor. O pastor amava suas ovelhas.

Pesquisas científicas, mais ou menos recentes, comprovaram comportamentos das ovelhas, que foram retratados no Evangelho.

Por exemplo, elas têm um comportamento fortemente gregário e são animais dóceis.

A separação do grupo pode gerar intenso estresse e até pânico para o animal.

Outra conclusão dessas pesquisas é que as ovelhas são mais inteligentes do que se pensava. Podem ser treinadas, possuem mecanismos neurais que lhes permitem reconhecer rostos humanos ou ovinos, por até dois anos.

*   *  *

Muito interessante, portanto, que Jesus tenha se apresentado como Pastor das nossas almas, ovelhas que o Pai lhe confiou.

Vejamos como nos diz: Eu sou a porta das ovelhas. Se alguém entrar por mim, será salvo. Entrará, e sairá, e encontrará pastagem.

A porta, a que se refere Jesus, pode ser analisada de forma concreta como a porta do aprisco, por onde o bom pastor faz entrar seu rebanho para que esteja protegido.

Mas podemos analisar a porta, de forma abstrata, entendendo-a como a passagem por onde podemos entrar para estarmos salvos.

Para as ovelhas, estarem salvas, é passar pela porta do aprisco. Para nós, estarmos salvos é entendermos os ensinos de Jesus, que nos mostram o caminho seguro para percorrer.

Caminho que nos conduzirá à pastagem viva dos Seus ensinos, repletos de luz e amor, que nos saciará verdadeiramente e nos proporcionará uma vida em abundância.

Ele o disse: Eu vim para que tenham vida. E vida em abundância.

Que doce lição. Que esperança sabermos que, ovelhas do rebanho de Jesus, estamos sob Sua guarda. Com Ele, estaremos seguros.

O que quer que nos possa acontecer, Ele estará conosco.

Bom Pastor, jamais abandona as Suas ovelhas, não importando as circunstâncias.

Sigamos o exemplo das dóceis ovelhas, e sigamos o Bom Pastor, para descobrirmos as pastagens abundantes do Seu amor.

Redação do Momento Espírita, com base no Evangelho de João,
cap. 10, vers. 1 a 21;
no cap. 7, do livro A vida quotidiana na
 Palestina no tempo de Jesus, de Daniel Rops, ed. Livros do Brasil
e no site
netzoo.com.br, sobre comportamento social das ovelhas.
Em 16.8.2021.

 

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