Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone O fim do caminho

Alguns períodos em nossa existência são realmente desafiadores.

São aqueles dias em que analisamos o que nos ocorre, e não conseguimos achar explicação.

São situações que nos chegam, de repente, desestruturando todo o nosso viver, desmantelando planos, programações, decisões muito bem pensadas.

É o emprego de anos do qual somos simplesmente desligados. Atitude que nos surpreende e ficamos a pensar de que valeu toda nossa dedicação.

É o afeto que desencarna, em acidente, ou de enfermidade súbita, deixando-nos um enorme vazio.

Anos de convivência nos quais nos acostumamos àquela presença que, agora, é somente uma ausência sofrida.

É o companheiro ou companheira de jornada, com o qual compartilhamos o teto, o lar, a vida, e decide evadir-se da relação, sem muitas explicações.

São momentos assim que nos perturbam.

E quando referências tão importantes nos são arrancadas, como o emprego, o casamento ou o ente querido, sentimo-nos paralisados.

A sensação, uma quase certeza se instala em nós: a de que não teremos como seguir a vida, pois a vida que conhecíamos e sabíamos viver, não existe mais.

A dor é tão grande, o choque emocional tão arrasador que não sabemos como agir, nem o que fazer.

A prostração toma nossos sentidos e emoções, parecendo-nos que não conseguiremos dar o próximo passo, que chegamos, afinal, ao fim do caminho.

São provas como essas, impostas pela vida, que nos geram luto, provocam dor, desestabilizam nosso caminhar.

No entanto, nada do que nos ocorre é obra do acaso, ou situação fortuita.

Tudo tem sua razão de ser ao nos alcançar. Os grandes desafios, que nos parecem surgir sem razão, constituem quase sempre, programação realizada, por nós mesmos, antes de nascermos.

Trazem, ao mesmo tempo, o convite a aprendizados necessários para nosso caminhar, no momento evolutivo em que nos encontramos.

E, guardemos a certeza de que nessas situações, que assim nos alcançam, jamais nos depararemos com problemas e dores que nossa estrutura emocional não possa dar conta.

A cultura popular, ao afirmar que Deus dá o frio conforme o cobertor, carrega a síntese da Bondade e Justiça Divinas.

Assim, aquilo que nos parece o fim do caminho é apenas uma bifurcação, uma nova estrada que se descortina.

O que a princípio parece não ter solução, é oportunidade que se apresenta, ensejando-nos experiência e amadurecimento.

De modo algum devemos pensar que Deus nos esqueceu ou nos deixou à deriva, sem apoio algum.

A Bondade Divina sempre nos proverá de forças ou enviará quem nos possa auxiliar a carregar o nosso fardo.

Por isso, quando estivermos a ponto de duvidarmos de nós mesmos e das nossas capacidades, lembremos que Deus cuida de cada um de nossos passos.

Sigamos em frente, alimentados pela fé.

Envolvidos na oração, cultivemos a confiança na Providência Divina.

Nos dias mais terríveis e amargos, creiamos que Deus está conosco e que o Seu amor nos conduz.

Logo mais, tudo haveremos de superar. E teremos gravadas em nossa intimidade as lições que tantos desafios nos permitiram.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita
Em 12.7.2021.

 

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