Ninguém sabe o que nos aguarda no amanhã. Somos criaturas imensamente frágeis. Um pequeno Acidente Vascular Cerebral e podemos ter comprometida nossa fala, nosso livre trânsito, nossa memória.
Um problema cardíaco tanto nos pode conduzir à morte como pode nos incapacitar para várias ações.
Uma lesão medular pode nos privar de movimento dos membros superiores ou inferiores. Ou de ambos.
Podemos, em algum momento, sermos alcançados pela doença de Alzheimer, ou Parkinson e nossa vida ativa se transformará.
A pessoa que hoje desprezamos, por preconceito racial, religioso, ou outro qualquer, poderá ser aquele que no amanhã nos haverá de socorrer.
Como nos sentiremos ao sermos atendidos por profissional da área médica ou terapêutica, ou voluntário que desprezamos como ser humano, em algum momento?
Alguém a quem agredimos, a quem criamos dificuldades na carreira, na ascensão profissional, por absurdo preconceito de sua origem, da cor de sua pele ou de suas crenças.
Nenhum de nós, por mais abastado seja, pode garantir que não sofrerá um revés que o poderá conduzir à derrocada financeira.
Nenhum de nós, por mais bem aquinhoado intelectualmente, pode garantir que no amanhã não venha a padecer de problemas mentais, que requeiram cuidados contínuos.
É então que nos indagamos: quem nos atenderá no amanhã?
Já vimos familiares desprezados por sua maneira diferente de pensar, de agir, serem exatamente aqueles que estendem as mãos no atendimento a enfermos ou idosos, em situação de extrema fragilidade física ou mental.
O que isso nos diz? Que devemos, conforme ensinou Jesus, amar o nosso próximo, não desprezar ninguém porque o amanhã nos é incerto.
Quantas histórias tristes nos noticiam os jornais de familiares que abandonam alguns dos seus membros, quando totalmente dependentes física ou materialmente.
Expressam, dessa forma, a sua vingança por quem os desprezou, os agrediu.
Quanta infelicidade.
Por isso, frisou Jesus: Reconcilia-te depressa com teu adversário, enquanto estás a caminho com ele.
É portanto, hoje, o dia de nos reconciliarmos com os próximos e os mais distantes. Semeemos simpatia em nossas vidas.
A boa semeadura sempre terá como resultado a boa colheita.
E, afinal, poderá acontecer que não precisemos de ninguém que nos alimente, higiene e atenda porque atravessaremos os anos em saúde física, financeira e mental.
Contudo, a felicidade nos envolverá se estivermos bem com todos. Se ninguém nos enviar vibrações negativas, desejos de ruína ou de enfermidade.
A felicidade estará conosco se formos amigos de todos. Se, eventualmente, alguém não deseja nossa amizade, o importante é que lhe endereçamos as flores da nossa amizade.
Se não as aceita, o problema não é nosso. Estaremos bem, em paz, merecedores daquela paz de filhos de Deus que sabem que estão no mundo para criar o bem, a alegria.
Jamais para promover a tristeza, a maldade.
Progredir sempre é o nosso objetivo enquanto jornadeando neste bendito lar chamado Terra.
Pensemos a respeito.
Redação do Momento Espírita.
Em 5.7.2021.
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