Existem criaturas, na face da Terra, que nos parecem ter nascido no planeta para nos transmitirem, com sua vida, grandes lições.
São lições de incentivo, bom ânimo. Sobretudo nestes tempos em que a pandemia diminuiu a alegria de muitos de nós e alguns até nos encontramos a ponto de desanimar.
Um desses exemplos é o menino, nascido na Bósnia, Ismail Zulfic.
Ismail nasceu sem os braços, algo que podemos imaginar extremamente limitante, principalmente para uma criança, considerando que os movimentos básicos para se alimentar, brincar, se comunicar, requerem o uso dos braços.
Aos dez anos, seu exemplo de vida nos ajuda a compreender que os únicos limites, que existem em nossas vidas, são os que cada um define para si próprio.
E mais do que tudo, nos leva a compreender que quem comanda o corpo é o Espírito, a essência que somos.
Há cinco anos, ele começou a treinar natação, esporte que escolheu, na sociedade desportiva para pessoas com deficiência.
Além da limitação física, Ismail precisou enfrentar outro grave problema: vencer o medo da água, trauma que tinha desde bem novo por ter caído em uma piscina.
Nada o deteve. Ante qualquer desafio, jamais disse: Não posso. Não quero. Não vou fazer.
Hoje, ele acumula mais de quarenta medalhas recebidas em torneios esportivos em seu país.
Em 2020, conquistou o título de esportista do ano por sua incrível trajetória.
Ele se constitui em exemplo, de forma particular, para outras crianças portadoras de deficiências físicas.
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Viver sem lutar, não é viver.
Estamos na Terra com o objetivo de aprender, fazer, construir, sempre mais, e amarmos aos nossos semelhantes.
A Terra, diferentemente do que possamos imaginar, é a nossa escola bendita de aperfeiçoamento espiritual onde aprimoramos nossos pendores e sentimentos.
É o hospital amigo que nos acolhe com os limites da alma e do corpo, nos mostrando que o remédio essencial é o exercício do amor, que cura as chagas que nos corroem, nos fazendo sofrer.
É a prisão que nos retém e impede de recairmos nos erros que ainda trazemos nas profundezas do ser e que barram nosso crescimento.
É o exílio temporário do Espírito comprometido que necessita transformar-se e progredir moralmente.
É o reduto educativo onde as almas necessitam, muitas vezes, da dor, para melhor se direcionar.
É o local onde nos encontramos reencarnados para ajustarmos nossos desacertos, aprendendo o respeito e o amor aos nossos irmãos em Humanidade.
Importante sermos gratos pelo corpo de que dispomos, tenha ele deficiências ou outros problemas quaisquer.
Que nos sirvamos desta experiência reencarnatória da melhor maneira possível, para que não percamos as oportunidades de progredir intelectual e moralmente.
Afinal, quando partirmos daqui não saberemos quando poderemos retornar, quando isso nos será permitido, dentro das leis estabelecidas por Deus.
Espelhemo-nos nos bons exemplos de superação, de luta, de vitórias.
E pensemos que se o outro pode, nós também podemos, bastando fazer bom uso da nossa vontade.
Guardemos essa certeza.
Redação do Momento Espírita, com
fatos da vida de Ismail Zulfic.
Em 26.6.2021.
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