Em todos os tempos, Deus enviou mensageiros à Terra, para transmitir recados aos homens.
Os livros bíblicos são pródigos nos relatos, com maior relevância, quiçá, nos relatos do Novo Testamento.
Narra o Evangelista Lucas que um anjo do Senhor foi enviado a uma cidade da Galileia, de nome Nazaré, especialmente à casa de uma jovem chamada Maria.
Entrando o mensageiro onde ela estava, disse: Eu te saúdo, cheia de graça. O senhor é contigo.
E porque ela refletisse consigo mesma o que significaria semelhante saudação, continuou ele, após se identificar como o anjo Gabriel:
Venho te dizer que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus.
Ele será grande e será chamado filho do altíssimo. E o seu reino não terá fim.
E lhe dá ainda notícia de que sua prima Isabel também concebera e se encontrava em seu sexto mês de gravidez.
O mensageiro é meticuloso em seu recado, dando detalhes que se haveriam de concretizar nos séculos futuros.
Meses depois, quando Maria deu à luz seu filho primogênito, um anjo do Senhor apareceu no campo a pastores que faziam vigília, guardando os seus rebanhos.
A mensagem era clara: Trago-vos uma nova de grande alegria. Nasceu, hoje, na cidade de David, o Cristo Senhor.
E a seguir uma multidão de arautos apareceu e se pôs a cantar Hosanas a Deus, saudando o nascimento do Menino.
Mas Deus, em Sua bondade, não se serve somente de mensageiros espirituais, de seres do Além.
Assim, homens e mulheres se transformam, na Terra, em arautos do bem, a Seu convite.
Quando Maria vai a Jerusalém, com o esposo, levando o bebê, segundo as prescrições da lei de Israel, um homem se destaca.
É o velho Simeão que, tomando o menino nos braços, louva a Deus, por poder tê-lO contemplado, a Luz, a Glória do povo de Israel.
Mas igualmente olha para Maria e lhe prediz que sua alma de mãe seria ferida por uma espada e que seu filho estava destinado a ser a ruína de muitos em Israel.
Também Ana, a profetisa, compareceu na mesma ocasião e glorificou a Deus, falando do Menino a todos.
Quando Jesus inicia Sua missão, elege setenta e dois discípulos e os incumbe de ir, dois a dois, pelas cidades anunciando a chegada do reino de Deus.
A samaritana, com quem Ele se encontra, no poço de Jacó e entabula singular diálogo, se transforma em mensageira da verdade que Ele pregava.
A mulher equivocada de Magdala se torna a mensageira da esperança para os excluídos da época, os leprosos.
E o discípulo amado, João, é a própria mensagem do amor, não cansando de repetir, até a sua velhice: Amai, meus filhos, amai muito.
Mensageiros espirituais, mensageiros na carne. O importante é ser veículo da Luz.
Por isso, nos dias que atravessamos, quando tantos alardeiam desesperança e desânimo, é bom pensar se temos sido mensageiros da palavra de encorajamento.
Quando tantos aludem à derrocada moral desses tempos de transição, é salutar meditarmos se temos sido os mensageiros do bom ânimo.
Enfim, enquanto muitos afirmam que o mundo está perdido, que as gerações novas são o caos, é importante indagarmos se temos sido os mensageiros do bom exemplo.
Ao nascer, Jesus teve a anunciá-lO um coro de anjos. Para disseminar a Sua palavra pela Terra, transformou homens e mulheres, pescadores e comerciantes em seus mensageiros.
E pela necessidade imperiosa de que a Boa Nova se espalhe pela Terra, incendiando os corações, Jesus conta conosco.
Portanto, se somos cristãos, façamos a nossa parte na difusão do bem.
Sejamos os mensageiros da paz, da moral e do amor, onde e com quem nos encontremos.
Redação do Momento Espírita.
Em 10.6.2021.
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