Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Crescer em amor

Nos primeiros dias da chegada de uma criança ao nosso planeta, seus olhos estão cerrados ao mundo que a acolhe.

Pouco a pouco, ela os vai abrindo, percebendo o que a cerca.

À medida que o tempo passa, conquista certa independência: começa a sentar-se, engatinhar, andar, falar.

Pela curiosidade que lhe é natural, surgem os tantos porquês sobre a realidade da vida.

Na escola, descobre as palavras, os números, a História da cultura à qual pertence.

Com o passar do tempo, crescendo física e intelectualmente, faz-se adulta e é capaz de colaborar com o progresso da sociedade em que está inserida.

Torna-se responsável por outras pessoas, por instituições, pelo trabalho a que se dedica, pela chegada de outras crianças a este planeta.

E novamente se inicia o ciclo da vida.

Da mesma forma, acontece com o Espírito imortal que, em essência, todos somos.

Oriundos do Amor Divino, somos criados simples e ignorantes. Crianças, do ponto de vista espiritual.

Inicialmente, diante das mazelas morais que são próprias de nossa infante condição, os olhos da alma, por vezes, demoram a se abrir frente às próprias responsabilidades enquanto Espíritos em marcha de progresso.

Todavia, decorrente das boas escolhas que fazemos em função do livre-arbítrio, ampliamos a percepção e, consequentemente, se expande nossa consciência, morada verdadeira da Lei de Deus.

Assim, damos os primeiros passos em direção à luz, ao bem, à verdade, à felicidade.

É certo que eles são tortuosos e, por diversas vezes, caímos em erro. No entanto, após cada queda, o andar se torna mais firme e experiente, até que, em certo ponto, descobrimos o norte de nossa jornada.

Tal qual as crianças, após os primeiros passos, o Espírito se enche dos tão necessários porquês: Por que o sofrimento? Por que a dor? Por que a morte?

Conforme o amadurecimento intelecto-moral do Espírito, surgem as respostas, que o tornam mais lúcido diante das Leis Divinas.

Dessa maneira, de forma semelhante à criança que alcança a idade adulta, o Espírito em progresso chega à perfeição para a qual foi destinado.

Então, em nome de Deus, responsabiliza-se pelo progresso daqueles que estão em estágios inferiores ao seu, como Jesus faz conosco.

É por isso que cada oportunidade reencarnatória é dádiva celeste, a fim de que venhamos a conhecer mais profundamente esse Pai e Criador.

Quiçá, um dia, possamos afirmar como Jesus: Eu e o Pai somos um, dada a compreensão total que haveremos de possuir do Altíssimo.

* * *

Na escola do Espírito, a tarefa é uma só: amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

Desenvolvermos o amor é a única maneira de, paulatinamente, abandonarmos os sentimentos que nos infantilizam espiritualmente, tal o orgulho, a vaidade, a falta de caridade.

Amadureçamos, pois, em fé, justiça, caridade, amor e paz para que, diante de nosso esforço pessoal, vejamos a face daquele que, por amor, a todos nos criou.

Pensemos nisso! Cresçamos em amor!

Redação do Momento Espírita.
Em 24.3.2021.

 

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