Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone O bom uso da palavra

Helena era uma mãe de família amorosa. Cuidava de seus cinco filhos com toda dedicação.

Seu marido era uma pessoa carinhosa mas, sem muitas responsabilidades, o que trazia para Helena ainda mais tarefas, além de alguns problemas na rotina da família.

No entanto, ela jamais reclamava de coisa alguma, nem erguia a voz para qualquer corrigenda que necessitasse fazer.

Sua gentileza e sua delicadeza impressionavam.

Ela tinha uma frase, que não se cansava de repetir: Antes calar que mal falar.

Assim, quando amigas ou vizinhas lhe traziam comentários maldosos, Helena advertia: Antes calar que mal falar.

E tudo que ouvia morria ali mesmo, nos seus ouvidos, nunca repetindo a quem quer que seja.

Quando um filho irritado, principiava a fazer uma crítica a alguém, lembrava ela: Antes calar que mal falar.

Logo, as palavras ruins, queixosas, deixavam de ser pronunciadas.

Quando o marido tecia comentários, opinando sobre a vida alheia, repetia Helena: Antes calar que mal falar.

E o marido não se permitia continuar a expressar suas ideias negativas.

Quando um familiar chegava nervoso porque alguém o tinha tratado mal, e expressava todo seu ressentimento, logo vinha a recomendação: Antes calar que mal falar.

As palavras agressivas deixavam de ser pronunciadas de imediato.

*   *   *

A salutar lição de Helena bem pode nos servir para nossos dias.

Ela nos dita uma norma para fazermos bom uso da palavra.

Ao silenciarmos a palavra maldosa, rude, deixamos de vibrar de forma negativa, poluindo a atmosfera em que vivemos.

A palavra nos foi dada para edificar, construir o bom, o positivo.

E calar, quando nos encontramos em desarmonia, nos permite refletir sobre como devemos verdadeiramente nos expressar, mesmo que seja o nosso desacordo com algum fato.

Façamos, portanto, bom uso de nossas palavras, sejam elas faladas ou escritas.

Todas as nossas palavras são sementes lançadas em nosso caminho. Poderão encontrar terreno propício e frutificar.

Importante, dessa forma, que sejam vocábulos que traduzam harmonia, que tranquilizem, que propiciem bem-estar a quem as ouve.

Usemos a palavra para dar sustento aos companheiros que estão sozinhos.

Utilizemos a palavra para acalmar um amigo que passa por momento difícil.

Sirvamo-nos das palavras para instruir aquele que ainda vive na ignorância.

Juntemos palavras de luz e façamos uma prece. Afinal, neste mundo de tantas dores e provações, muitos aguardam esse socorro providencial.

Tomemos de um papel e escrevamos uma carta, um bilhete, que demonstre gratidão.

Desacostumamo-nos de escrever, habituados a abreviaturas rápidas e respostas lacônicas.

Se tivermos o dom, expressemos na poesia, numa canção, dizeres que alegrarão o coração de alguém.

Tenhamos sempre em mente a importância da palavra.

E, quando nos encontrarmos em alguma situação que nos deixe uma dúvida sobre o uso dela, recordemos o ensino da sábia Helena: Antes calar que mal falar.

Redação do Momento Espírita.
Em 11.3.2021.

 

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