Conta-se que certa mãe, desejando encorajar seu filho a tocar piano, o levou a um concerto do polonês Jan Paderewski.
Depois de se sentarem, a mãe viu uma amiga na plateia e dirigiu-se a ela para saudá-la.
Aproveitando a oportunidade, o garotinho se levantou e foi explorar as maravilhas do teatro. Seus passos curiosos o levaram a uma porta onde estava escrito: Proibida a entrada.
Quando as luzes diminuíram e o concerto estava prestes a começar, a mãe retornou ao seu lugar e descobriu que seu filho não estava lá.
Nesse momento, as cortinas se abriram e as luzes se acenderam sobre um impressionante piano Steinway, localizado bem no centro do palco.
Horrorizada, a mãe viu seu filho sentado ao piano, inocentemente catando as notas de uma canção infantil.
E Paderewski fez sua entrada. Rapidamente foi até o piano e sussurrou ao ouvido do menino: Não pare, continue tocando.
Então, debruçando-se sobre o pianista júnior, ele estendeu sua mão esquerda e começou a preencher a parte do baixo.
Logo depois, colocou sua mão direita ao redor do menino e acrescentou um belo acompanhamento de melodia.
Juntos, o velho mestre e o jovem noviço, transformaram uma situação embaraçosa em uma experiência maravilhosamente criativa.
O público estava perplexo. A mãe estava imóvel na poltrona e sua voz havia sumido da garganta. Mas, o veterano pianista não se perturbou e, usando sua capacidade criativa, tirou de letra, como se diz.
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Algumas pessoas pensam que ser criativo é inventar coisas grandiosas e fantásticas, capazes de impressionar multidões.
Todavia, ser criativo significa ter ideias brilhantes que nos tirem de enrascadas ou situações difíceis.
Podemos usar a criatividade em nossas tarefas diárias, tornando-as mais úteis e eficientes.
Quando usamos caminhos alternativos para escapar da rotina, estamos sendo criativos.
Quando assumimos um comportamento de bondade e compaixão, promovendo a assistência aos necessitados de toda ordem.
Ou, ainda, quando buscamos a solução de um velho problema de uma maneira diferente.
Gandhi, por exemplo, usou a sua criatividade para libertar seus irmãos indianos do jugo inglês, sem derramamento de sangue, inovando, de forma radical, as estratégias vigentes.
Nós também podemos pôr em prática nosso espírito criativo começando a enfrentar os problemas conhecidos, de forma inovadora.
Pode ser tentando arranjar mais espaço no quarto apertado ou criando uma nova receita, cujos ingredientes sejam as sobras do almoço.
Portanto, quando nos depararmos com uma situação que nos pareça de difícil solução, lembremo-nos de Jan Paderewski e usemos nosso poder criativo para sair dela com elegância.
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A criatividade é natural na infância e todos somos criativos.
Por vezes, nós, os adultos prejudicamos essa criatividade em nossos pequenos, com julgamentos e enquadramentos forçados que os impedem de se expressar livremente.
Reflitamos a respeito e busquemos incentivar em nossas crianças a sua capacidade criativa.
Redação do Momento Espírita, com base em
fato da vida de Ignacy Jan Paderewski
(1860-1941).
Em 13.8.2021.
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