Ela foi chamada Phillis porque esse era o nome do navio negreiro que a trouxe, aos sete anos, da África para a América do Norte. E Wheatley, por ser o nome da família da cidade de Boston, que a comprou.
Os filhos da família a ensinaram a ler e a escrever. Ponto importante em seu aprendizado foi o fato do negociante John Wheatley ser um conhecido progressista.
Aos doze anos, Phillis Wheatley se deliciava lendo os clássicos.
Aos treze anos, escreveu seu primeiro poema. A partir de então, John passou a apoiar ainda mais a sua educação, tirando-a dos afazeres, que foram delegados a outros escravos.
Para provar que fora ela mesma quem escrevera o poema foi interrogada por um grupo de intelectuais de Boston, que assinaram atestado da autenticidade da autoria.
Eram tempos difíceis para uma mulher, negra e escrava.
Ela foi a primeira escritora afro-americana a publicar um livro nos Estados Unidos e a segunda mulher a fazê-lo na América.
Depois da morte de seu benfeitor, ela foi emancipada, conforme registro das suas últimas vontades.
Dificuldades que lhe envolveram a vida, determinaram sua morte aos trinta e um anos de idade.
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Alguns poderão dizer que ela foi privilegiada por Deus, para fazer o que fez, em tão adversas condições e numa época de tantos preconceitos.
No entanto, para quem conhece as Leis Divinas e a Sabedoria do Pai, tudo está muito claro.
Tratava-se de uma alma antiga, trazendo, em sua intimidade, conhecimentos antes adquiridos e, tendo a mínima possibilidade de colocar seu saber em prática, o fez.
Passou por todos os tipos de testes a que os homens a submeteram. Mostrou que, embora nem todos a respeitassem, pela sua condição, era portadora de uma alma lúcida e nobre.
Aprendemos que o Espírito que progrediu não retrocede.
Poderá escolher para renascer, uma posição mais precária do que as que já teve, para servir-lhe de ensinamento e ajudá-lo a progredir.
Dessa forma, o saber e moralidade conquistados estarão sempre presentes para ajudar no constante aprendizado e trabalho a realizar.
As grandes diferenças sociais com as quais o ser humano luta na Terra não partem das Leis Divinas, mas do orgulho e da conveniência dos homens.
As leis humanas, nas variadas épocas, vão perecendo, se modificando, ao influxo das Leis Divinas.
Quando o egoísmo, o orgulho, a vaidade e os interesses mesquinhos deixarem de existir, desaparecerão os preconceitos que dividem os seres humanos.
O merecimento será a bússola a que todos se renderão, pois será o fiel da balança respeitado.
Então, nos reconheceremos como filhos de Deus, participantes de uma única e sólida família universal, onde nosso bem-estar primordial dependerá do bem-estar de nossos irmãos.
Entenderemos que só o Espírito é mais ou menos puro, e isso não depende da cor da pele, da nacionalidade, da posição social, ou crença religiosa.
Aparência e posições materiais ficarão perdidas no tempo.
Somos Espíritos imortais fadados à perfeição.
Este o grande desafio que nos está proposto: alcançarmos o nosso destino como filhos de Deus.
Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos
de Phillis Wheatley e na questão 805 de O livro dos Espíritos,
de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 19.2.2021.
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