Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone O bem que está ao nosso alcance

Certamente, já ouvimos a regra de conduta: Não fazer aos outros o que não gostaríamos que os outros nos fizessem.

Muitos lemos essa recomendação e dizemos que buscamos não fazer o mal a ninguém, pelo menos, não intencionalmente.

No entanto, há um detalhe que merece nossa apreciação.

O conselho dado por Jesus, relatado pelo Evangelista Mateus é o seguinte:

Assim, tudo quanto quereis que os homens vos façam, assim também fazei vós a eles, pois esta é a lei e os profetas.

Há uma sutileza de suprema importância. Vejamos que a proposta de Jesus é positiva, invoca ação: Fazei vós a eles.

Naturalmente que o não fazer aos outros estaria implícito na ideia, mas não foi o que o Mestre desejou ressaltar.

Ele conhecia a intimidade da alma humana.

Somos seres de expectativas. Somos seres ainda tomados pelo egoísmo, isto é, fazemos escolhas pensando em nosso próprio bem, mesmo que isso signifique o mal ao outro.

Sabendo disso, o Grande Educador propõe que façamos ao semelhante exatamente aquilo que queremos que ele nos faça.

O verbo é fazer. Invoca uma ação no bem.

Enquanto o não fazer aos outros pode nos levar a uma certa acomodação e consequente conduta egoísta, a proposição do Mestre é dinâmica, imperativa e urgente.

Não há dúvida de que há um certo avanço moral quando evitamos praticar grandes males. Porém, será que temos feito todo o bem que está ao nosso alcance?

Nada fazer quando podemos é resultado de nossa imperfeição. De certa forma, isso não deixa de ser algum tipo de mal.

Não há ninguém que não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca encontra oportunidade de praticá-lo.

Basta que estejamos em relação com outros homens para termos ocasião de fazer o bem.

Cada dia na Terra oferece essa possibilidade se não estivermos cegos pelo egoísmo.

Fazer o bem é ser útil, na medida do possível, toda vez que o auxílio se fizer necessário.

Será que estamos sempre dispostos a fazer o bem?

Conseguimos nos colocar como um instrumento do bem na Terra?

Somos dos que trabalhamos em prol da vida, da sociedade, do bem comum?

Quem não trabalha, dá trabalho, disse, certa vez, o doce Chico Xavier, um modelo de disposição ao bem.

Ele foi um desses exemplos inesquecíveis de dedicação total ao próximo, de fazer o que estava ao seu alcance e ainda mais.

Sem recursos materiais, com saúde debilitada e debaixo das vozes da descrença, ele se fez grande.

Grande porque pensou no seu próximo e foi na direção dele, providenciando auxílio material. E o principal, o consolo.

E nós? Temos feito todo o bem que está ao nosso alcance?

Temos observado ao nosso redor o quanto existe a ser feito, o quanto podemos colaborar, o quanto podemos ser úteis?

Não faltam ocasiões. Não faltam pessoas necessitadas, desde o interior de nossos lares até as regiões abandonadas da nossa própria cidade.

Podemos nos tornar um agente do bem na face da Terra.

É suficiente olhar em torno e descobrir. Algo pequeno, algo grande. Uma ação. Algo que fará melhor a vida de alguém e tornará melhor o mundo.

Redação do Momento Espírita
Em 4.2.2021.

 

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