A décima sexta edição do Prêmio Innovare, em 2019, premiou a iniciativa da Penitenciária Regional de Curitibanos, em Santa Catarina.
Com um trabalho iniciado há uma década, o Projeto Ressocialização no Sistema Prisional, conta com o apoio de onze empresas.
Tudo começa com a aprendizagem de uma profissão.
As fábricas, construídas dentro do presídio, empregam cem por cento dos detentos. Seus salários se destinam parcialmente à manutenção da unidade prisional.
Os que cursam Ensino Superior à Distância pagam o próprio curso.
Com o tempo empregado entre trabalho e estudo acabaram as tentativas de rebelião e de fuga. Também com esses itens associados, naturalmente diminui a reincidência no crime.
Trata-se de um ganho para todos: os empresários que investiram na ideia, o Estado, o detento, a sociedade.
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Em essência, é o que todos desejamos. Que o ser humano se reformule, seja produtivo, opere para o bem geral.
Quanto mais homens com as mãos no trabalho, que enobrece a criatura, melhor será a sociedade.
Quem produz para o próprio sustento, para sua família, somente terá olhos no futuro promissor.
E não constituirá peso a ninguém.
Deus fez o homem para viver em sociedade. Essa é uma lei natural.
Também para o trabalho, lei igualmente natural, divina, que é uma necessidade para o corpo e para o Espírito.
As leis humanas tendem a se renovar conforme as necessidades, sendo preciso surgir diretrizes para alcançar novos e positivos resultados em parâmetros mais dignos.
Quando vemos um exemplo, como o relatado, alcançando êxito, alimentamos a esperança de um mundo mais justo e pacífico, a breve tempo.
Em se falando de progresso sabemos que o homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente. Mas, nem todos progridem simultaneamente e do mesmo modo.
Por isso, cabe aos mais adiantados auxiliar o progresso dos outros, por meio do contato social.
Somos todos irmãos perante Deus e é dando-nos as mãos nesta caminhada, que chamamos de vida na Terra, que venceremos a jornada.
Vivemos os tempos em que, em breve, deverá reinar a grande fraternidade entre todos os homens.
Cabe-nos trabalhar no sentido de diminuir as diferenças entre nós.
Aos considerados criminosos podemos iniciar lhes enviando o socorro das nossas preces.
E se pudermos fazer algo mais, engajemo-nos em alguma atividade que permita lhes cheguem palavras de consolo, de encorajamento, de amor.
São, com certeza, criaturas infelizes por se encontrarem no erro.
Nossas preces e nossas atitudes os poderão tocar de arrependimento e levá-los a se transformarem.
Como todas as almas, eles foram, igualmente, criados para o aperfeiçoamento.
Compete-nos colaborar para que saiam do lameiro em que se precipitaram.
Trabalhemos nesse sentido, próximos ou à distância.
Afinal, anunciam-se os tempos em que neste planeta reinará a grande fraternidade. Tempos em que todos obedecerão à lei do Cristo.
Pensemos nisso. Trabalhemos para isso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. XI,
item 14, de O Evangelho segundo o Espiritismo, e na
questão 779, pt. 3, cap. VIII, de O livro dos Espíritos,
ambos de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 21.11.2020.
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