Quantas vezes ouvimos, ou nós mesmos repetimos que o mundo está cada vez pior?
Somos nós, várias vezes, os porta-vozes do pessimismo. Ou aqueles que assumimos uma postura derrotista.
Basta uma manchete ruim no noticiário para justificar nossa tese de que tudo vai de mal a pior.
Dizemos que perdemos a crença na Humanidade, que o mundo não tem jeito. E outras tantas afirmações de desânimo.
Porém, será isso mesmo verdade? Será que a Humanidade vai de mal a pior, como muitas vezes apregoamos?
O historiador holandês Rutger Bergman compilou em seu livro, ao qual denominou Utopia para realistas, alguns dados bem interessantes.
Segundo ele, em 1820, 84% da população mundial vivia em extrema pobreza. Cem anos depois o número baixou pela metade. No início do Século XXI, menos de 10% da população mundial vive em extrema pobreza.
Há cinquenta anos, metade da população mundial sobrevivia com menos de duas mil calorias diárias. Hoje, corresponde a menos de 3%.
Na atualidade, há mais pessoas sofrendo por obesidade do que de fome.
Assuntos que eram ficção científica, há pouco tempo, tornam-se realidade: implantes cerebrais que restituem a visão, pernas robóticas que permitem paraplégicos se locomoverem com autonomia, cirurgias de alta precisão feitas por robôs.
A energia solar ficou 99% mais barata nos últimos quarenta anos. Desde 1994, o número de pessoas com acesso a Internet saltou de 0,4% para 40%.
A expectativa de vida global hoje é mais do que o dobro do que era em 1900.
Desde 1990, a taxa de mortalidade por tuberculose caiu para quase a metade. A partir do ano 2000, o número de mortes por malária decresceu 25%, a mesma queda nas mortes por AIDS, desde 2005.
O número de mortos em guerras despencou 90%, desde 1946.
Para onde olharmos, vamos perceber que há melhoras significativas no mundo.
Como essas evoluções acontecem de maneira silenciosa, pois se desenvolvem lenta e constantemente ao longo das décadas, tornam-se invisíveis para nossa percepção.
Porém, é inegável o quanto o mundo vem evoluindo e se tornando um lugar melhor para se viver.
Para isso, são inúmeros os cientistas, pesquisadores, profissionais variados, mulheres e homens públicos, que vêm se doando em prol da melhora coletiva.
Há muito mais gente colaborando para o mundo ser um lugar melhor do que imaginamos ou percebemos.
São incontáveis os que se sacrificam pelos seus filhos, que fazem o melhor que podem na sua profissão, que atuam voluntariamente em causas nobres.
É a lei do progresso, prevista nos códigos divinos, se fazendo presente, nos proporcionando melhoria de vida e bem-estar.
Efetivamente estamos cada vez melhores. Refletimos isso em um mundo mais justo, mais igualitário, mais humano.
Cabe, no entanto, lembrarmos sempre que cabe a cada um de nós dar sua cota de colaboração, oferecendo ao mundo o que temos de melhor, na mente e no coração, para o progresso da Humanidade.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com dados extraídos do
livro Utopia para realistas, de Rutger Bergman, ed. Sextante.
Em 22.10.2020.
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