Registros históricos apontam que 2.400 anos antes de Cristo, no Antigo Egito, já existia um serviço organizado de difusão de documentos escritos.
Os egípcios, sobretudo a partir da XXI Dinastia, dispunham de um eficiente sistema postal.
Os mensageiros realizavam o percurso a pé, repousavam em estações de pernoite, distribuídas ao longo dos caminhos postais.
O historiador grego Xenofonte descreveu a organização do correio da Pérsia, dizendo ser uma invenção utilíssima.
Ela permitia que Ciro II fosse prontamente informado de tudo que acontecia nas regiões mais longínquas.
O viajante Marco Polo registrou o pioneiro serviço postal na China.
Na América pré-colombiana, astecas e incas dispunham de um organizado serviço postal.
Em toda a História e em todas as nações, o papel de destaque cabia ao mensageiro.
Na China, depois de vencer quarenta quilômetros, um palácio o esperava, para o descanso, antes de prosseguir.
Entre os astecas, os mensageiros usavam uma rica vestimenta, tipo de manta, atada ao corpo. Eram detentores de imunidade. A ninguém era permitido bloquear a sua passagem.
Postos de revezamento, substituição de animais para continuar o percurso a ser vencido, hospedagem, tudo era reservado ao mensageiro.
Ele era o condutor das notícias, que poderiam ser as que decidiriam o futuro destino da nação, o prosseguimento de uma luta, ou as notícias auspiciosas de um fim de batalha.
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Lembramos que a Divindade também se serve de mensageiros para as celestes novas aos homens.
Maria de Nazaré recebe a visita de Rafael, o mensageiro celeste que vem lhe recordar do excelso papel que ela deverá desempenhar como a Mãe de Jesus.
O sacerdote Zacarias, de igual forma, é contemplado com a visita de um mensageiro dos céus que vem lhe falar da paternidade que logo lhe chegaria.
Era o anúncio da vinda do precursor, João Batista.
E quando nasceu Jesus, foram muitos os mensageiros celestes que cantaram, unidos, as glórias aos céus. Vozes que foram ouvidas pelos pastores no campo.
Que também receberam a notícia, em primeira mão, de que nascera, em Belém de Judá, o mais Excelso Ser do planeta.
Outros mensageiros se aglomeram e formam um astro brilhante que aponta aos magos do Oriente onde se encontra o Menino tão esperado.
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Mensageiro. O que distribui mensagens.
Todos nós, na Terra, somos mensageiros. Todos os dias, transmitimos aos que nos estão próximos a nossa mensagem de paz, de alegria. Ou de desalento.
Todos os dias, falamos com amigos, colegas, profissionais e lhes dizemos da nossa mensagem de vida, pela maneira como nos comportamos.
Se somos seguidores de Jesus, a nossa será sempre a mensagem do otimismo, do bom ânimo.
Em meio ao caos, à insegurança, ao desânimo, a nossa atuação lhes ofertará a nossa mensagem de tranquilidade, de confiança.
A certeza de que podemos prosseguir lutando porque venceremos.
Como nosso Mestre, que venceu o mundo, nós poderemos vencer a enfermidade, a morte, a desgraça.
Somos Espíritos imortais. Esta é a nossa mais extraordinária mensagem.
Redação do Momento Espírita.
Em 12.10.2020.
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