Um periódico de circulação nacional promoveu uma pesquisa bastante interessante.
Fizeram a seguinte pergunta para pessoas em todo Brasil: O que você aprendeu na sua vida, de mais valioso, até hoje?
As respostas foram, na maioria, bastante ricas, e convidam a muitas reflexões necessárias.
Uma delas dizia:
Aprendi que, não importa quanto eu queira, nem quanto tente: eu não consigo mudar ninguém. As pessoas são o que elas são.
É preciso amá-las por sua verdade, não pelo que eu gostaria que fossem. Entendi isso aos 70 anos, na missa de minhas Bodas de Ouro.
A pessoa entrevistada, na época da pesquisa, já contava com 83 anos, e mostrava que nunca é tarde para se aprender algo importante na existência.
Nosso compromisso de mudança é conosco mesmo. Tentar mudar o outro só nos traz frustração profunda, e possível malquerença mútua.
Outra pessoa inquirida, dizia:
Aprendi que o sorriso é contagiante. Não espero ninguém me cumprimentar; faço questão de saudar todo mundo com um sorriso, todos os dias.
É incrível, mas até as pessoas tímidas ou sisudas sorriem de volta e falam bom dia.
Posturas como essa são posturas que irão salvar o mundo da tristeza, do sofrimento, dos comportamentos depressivos, das doenças.
Tomar a iniciativa é fundamental. Não esperar o sorriso do outro e sempre sorrir, nos faz agentes da alegria na sociedade.
Outro entrevistado, ainda, afirmava:
Aprendi que as coisas são sempre piores na nossa cabeça do que na realidade. Sofria demais por antecedência, imaginando "e se isso", "e se" aquilo."
Quando acontecia, não era nada demais. O pior já havia passado, e foi dentro de mim.
Quantas vítimas tem feito a nossa ansiedade... Quantas enfermidades geradas pelo comportamento ansioso do mundo moderno.
Entender que a preocupação excessiva não resolve, faz-se fundamental para poder se levar uma vida mais leve, mais agradável.
É indispensável confiar em Deus, em Suas leis, na perfeição do Universo.
Fazer a nossa parte, sim, e confiar. Confiar sempre, pois o que é melhor para nós sempre acontece.
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De tempos em tempos, precisamos nos perguntar: O que de importante aprendi?
O aprendizado precisa ser identificado, catalogado, amadurecido na alma.
A existência de quem vive colecionando aprendizados é sempre mais feliz. Ela tem propósitos, metas, avaliações e resoluções constantemente.
A postura de quem realiza tais conquistas, e as identifica, não deve ser a postura exibicionista, vaidosa, não.
Essa contabilização é íntima. A comemoração é do coração.
Os que estão à volta poderão identificá-la, claro, mas através de nossas ações no bem, de nossa renovação de valores, que faz brilhar a nossa luz com força e segurança para todos os lados.
Redação do Momento Espírita, com base em matéria
da Revista Sorria, de março/abril/2009, ed. MOL.
Em 15.9.2020.
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