Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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ícone Tribulações

É comum reclamarmos das adversidades pelas quais passamos, sem refletir nas lições de que são portadoras.

Se somos dos que afirmamos crer em Deus, jamais deveríamos ter esse comportamento. Ao contrário, deveríamos aceitá-las como oportunidades de aprendizagem.

Afinal, o Pai Celeste sabe do que necessitamos.

Observando nosso entorno, verificamos que a semente, por exemplo, passa pela solidão, no interior da Terra, para que a flor e o fruto possam surgir, enriquecendo a vida.

A fonte passa sobre o lodo e as pedras para que os campos não sejam reduzidos à esterilidade.

A lâmpada suporta a carga de força que, gradativamente, a consome, para dissolver as trevas.

Assim acontece em todos os campos de edificação e do sentimento.

Se a criança não se desenvolvesse, transformando-se em adulto, a ingenuidade jamais daria lugar à experiência.

Se a cultura não crescesse, não haveria progresso.

Se a teoria não avançasse para a realização, nunca passaria de um amontoado de palavras.

Dessa forma, entendamos atrito, provas e desafios como condições de melhoria e aperfeiçoamento, ajuste e elevação.

À vista disso, aceitemos em paz as tribulações que a existência nos imponha.

Se as lutas e tropeços, conflitos e lágrimas não nos visitassem os corações, nosso Espírito ficaria aprisionado na ilusão e na insensatez, nas sombras da ignorância e do primitivismo.

Agradeçamos os obstáculos que nos chegam em forma de alteração ou mudança, quebrando-nos a inércia e renovando-nos a vida.

Recordemos a águia recém-nascida.

Não fosse o rompimento da casca do ovo, não desenvolveria as próprias asas para ganhar as alturas.

E sem os empurrões da águia mãe talvez o filhote não encontrasse coragem suficiente para se lançar penhasco abaixo e descobrir as maravilhas de poder voar, livre, pela imensidão dos ares.

Não fossem os tombos, na tentativa dos primeiros passos, não aprenderíamos a nos sustentar sobre as próprias pernas.

Todos passamos por essa fase e foi caindo e nos levantando, tornando a cair, erguendo-nos, por fim, firmes, que ajustamos os passos.

E nenhum de nós recorda de todo esse processo como algo ruim, desagradável ou inoportuno.

Sem as enfermidades que atacam a nossa tola vaidade, não desenvolveríamos a salutar humildade.

Se não existisse o sofrimento, que arrebenta a concha do nosso egoísmo, não encontraríamos o caminho que conduz à felicidade efetiva.

Observando a vida sob esse ponto de vista, não mais reclamemos das tribulações. Ao contrário, saibamos retirar, de cada uma delas, as lições necessárias ao nosso crescimento.

*   *   *

O sol brilhará novamente amanhã, na seara onde hoje trabalhamos.

Procuremos receber todas as dificuldades com fervorosa confiança em Deus, com serviço, abnegação e renúncia.

Mantenhamos o ideal do bem hoje e sempre, acima de todas as vicissitudes, porquanto, se o corpo transitório marcha para o túmulo, o Espírito, nas lutas que o vitalizam, lentamente se renova no rumo da vida imortal.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 14, do  livro Rumo Certo,
 pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB e
no cap. 57, do  livro
Legado Kardequiano, pelo Espírito Marco Prisco,
 psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 2.2.2023.

 

 

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