Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Certezas da vida

Possivelmente já tenhamos ouvido a expressão: A única certeza que temos na vida é que vamos morrer.

Esta frase nos fala da naturalidade do fenômeno da desencarnação, que acontecerá com todos, cedo ou tarde.

Ela carrega um sentido de inevitabilidade pessimista, isto é, de que a única certeza que teríamos na existência terrestre seria de algo terrível.

Precisamos rever esses conceitos.

Primeiramente retirar da morte do corpo esse peso tão grande, esse fardo de fim definitivo que ela carrega.

Não há fim de tudo. Somente fim de uma etapa, de um capítulo do grande livro da existência de cada Espírito.

Em segundo lugar, o que também é preocupante na expressão, é essa visão de que não temos certezas na vida.

Essa mentalidade gera insegurança, medo, causadores de muitos dos transtornos psicológicos que jorram aos borbotões pelos consultórios especializados.

Não, essa não é a única certeza que temos.

Quando passamos a enxergar a existência e a nós mesmos, sob o ponto de vista espiritual, além da casca material, ganhamos muitas outras certezas.

A certeza de que a encarnação é uma oportunidade sem igual de crescer, de aprender, de amadurecer a alma.

A certeza de que o amor que cultivamos será colhido em algum momento, seja no hoje ou no amanhã.

A certeza de que os laços de amor que criamos ou fortificamos permanecem conosco para sempre. Nada se perde.

A certeza de que não há injustiçados nesse mundo, embora ainda haja tanta injustiça.

A certeza de que há uma inteligência maior no leme, no comando de tudo e que não precisamos nos desesperar quando as coisas saem do nosso controle.

A certeza da vida, antes da certeza da morte. A certeza de que cada minuto importa, de que cada dia é um tesouro inestimável.

*  *   *

Ante a fragilidade da vida material, da vida do corpo, percebamos a resistência e a exuberância da vida da alma.

Um vírus imperceptível pode nos fazer adoecer e pode nos levar a passar pelo umbral da morte a qualquer instante.

No entanto, que isso não revele nossa fraqueza e sim nossa grandiosidade.

Somos Espíritos e temos um corpo, lembrando de que esse temos não traduz posse, pois não há propriedade absoluta no campo da materialidade.

Somos Espíritos e essa essência só avança, não retrograda e não tem fim.

Estamos aqui de passagem. A Terra é escola, é hospital, é campo de semeadura.

Que possamos usar o tempo que temos para nos educar, para nos curar e para trabalhar sempre pelo bem.

Não nos deixemos desanimar perante as crises, perante os momentos de sofrimento. São as provas escolares apenas, que se realizam a cada término de período letivo.

Passemos bem pelas avaliações, sejamos alunos aplicados neste mundo de provas e expiações e logo poderemos merecer fazer parte de uma escola melhor, da escola da regeneração.

Esta é mais uma certeza que temos: de que a dor não dura para sempre e de que podemos ser hoje melhores do que fomos ontem.


Redação do Momento Espírita.
Em 17.8.2020.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998