É impressionante constatar como alguns de nós invertemos a escala de valores.
Uma dessas inversões é a que se refere ao tempo.
Costumamos afirmar que tempo é dinheiro.
Quando pensamos assim, corremos o risco de nos transformarmos em máquinas de produzir lucros. Cada minuto é importante para cumprir metas estabelecidas, visando apenas resultados financeiros.
Acabamos por nos dedicarmos ao trabalho em demasia, entendendo que feriados, férias, repouso são total e absoluta perda de tempo.
Consequentemente, de dinheiro.
É importante lembrar que somos gente, seres humanos. Somos pais, esposos, filhos, amigos.
A vida não deve se resumir em conseguir títulos, dinheiro, propriedades.
Existem outros valores mais preciosos que não podemos, de forma alguma, desprezar ou desconsiderar.
Muitos de nós somente nos damos conta da riqueza do casamento depois da separação, quando descobrimos que perdemos o grande amor da nossa vida por causa das muitas horas dedicadas exclusivamente ao trabalho.
Tempo também existe para ser investido na conquista e manutenção das amizades, que nos garantem um ombro amigo quando dele necessitamos.
Será que já paramos para aquilatar o valor de um amigo verdadeiro?
Precisamos avaliar, de fato, quais as metas pelas quais estamos lutando.
É importante pensar na conquista da felicidade, que nem sempre o dinheiro proporciona.
É importante repensar o valor do tempo.
A autorrealização é uma meta indispensável que pode ser alcançada com a boa utilização do tempo.
Trabalhar é importante e necessário para o progresso geral e individual. Contudo, imprescindível é sentir prazer no que fazemos.
Muitos de nós passamos a vida procurando nos sentir importantes para termos a sensação do sucesso.
Porém, sucesso sem qualidade de vida não é sucesso, é ilusão.
E qualidade de vida é ter a consciência tranquila por não violar as leis, por não trapacear, por não nos corrompermos nem corromper a ninguém.
Qualidade de vida é conviver em harmonia com a família, com os amigos, consigo mesmo.
Importante avaliarmos, com muita atenção, essa proposta enganosa de que tempo é dinheiro, que nos leva a programar formas de enriquecer os bolsos e engordar as contas bancárias.
Não caiamos nessa armadilha. Usemos o tempo que Deus nos empresta para construir a nossa verdadeira felicidade e a daqueles que nos rodeiam.
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A profissão é instrumento de progresso e realização do ser humano. Deve servir para a construção de algo bom e útil em prol da sociedade em que vivemos.
Nem sempre ganhar dinheiro proporciona essa realização.
O médico sanitarista Oswaldo Cruz não estava preocupado com o contracheque quando travou uma batalha com a febre amarela e descobriu sua vacina.
O compositor Villa Lobos não compôs suas melodias de olho na conta bancária.
E se Albert Einstein tivesse a ilusão de que tempo é dinheiro, jamais teria legado à Humanidade o fruto de suas pesquisas científicas.
Pensemos nisso e lembremos: Tempo é oportunidade.
Redação do Momento Espírita com base no livro
Os donos do futuro, de Roberto Shinyashiki.
Em 21.8.2020.
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