Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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Vieram profetas e trovadores, através dos tempos, nas várias nações, para conclamar-nos à fraternidade e à paz.

O Governador Planetário, Jesus, enviou precursores para que anunciassem a necessidade do ser humano ser mais irmão de seu irmão.

Alguns falaram aos ventos. Outros tiveram suas vozes caladas pela nossa impiedade, que não desejava ouvir coisa alguma.

Não queríamos alterar a nossa maneira de submeter o semelhante, de utilizar os bens da Terra de maneira egoísta.

Ambição, orgulho. Poder concentrado em poucas mãos. Ouro demasiado aqui. Carência acolá.

Uns nos vestindo de seda e púrpura e outros com roupa rústica, grosseira.

Então, o próprio Senhor da Terra veio estar conosco. Fez-Se anunciar de forma inusitada, por um coro angélico.

Alguns poucos pastores no campo ouviram.

Na adolescência, demonstrou toda Sua sabedoria, entre os chamados doutores do templo judaico. Em vão.

Pareceu-nos um cometa, estabelecendo Sua trajetória nos céus e desaparecendo na pequena cidade de Nazaré.

Ele andou pelas estradas, falou a todos, convidando-nos para o Seu reino, que não tinha aparências exteriores. Um reino especial na intimidade de cada um.

Mas não O ouvimos. Sua poesia ecoou pelas montanhas, pelos vales, à beira do mar da Galileia, pelas estradas poeirentas da Judeia.

Prometeu que mandaria outro enviado Seu. E o fez. No século dezenove, ressoou por toda a Terra a renovação do convite.

Vinde a mim, vós todos que estais cansados e aflitos e eu vos aliviarei.

Desconsideramos os mensageiros e o chamado.

Prosseguimos a viver como pessoas inconsequentes, abusando de tudo que a Terra nos oferecia em abundância.

Erguemos muros para nos distanciarmos de outros seres, esquecidos de que pertencemos a uma mesma e única espécie, a humana.

Formulamos tratados separatistas, criamos guerras e guerrilhas, em nome de ideias diferentes, de posse de territórios, de pedras preciosas e honrarias.

Poluímos a água transparente dos rios e lagos com os produtos da nossa imprevidência, tornando-a escura e lamacenta.

Também as pintamos de vermelho com o sangue de tantos irmãos que eliminamos, em nossos tolos combates.

Convites. Chamados. São chegados os tempos anunciavam os mensageiros dos céus, através de muitas bocas e de variadas formas.

Continuamos indiferentes como se fôssemos donos de tudo e pudéssemos comandar as próprias forças da natureza.

Então, um vírus terrível nos alcançou. Alastrou-se rapidamente pela Terra inteira.

E tivemos que parar. Parar as guerras, parar as disputas, parar nossa sede de angariar moedas e mais moedas.

Agora, o tesouro mais precioso é a vida. E ela nos exige medidas drásticas para sua conservação. Confinamento, higiene, reformulação de atitudes.

A Terra está voltando a respirar e nós, os habitantes, estamos sendo convidados a repensar nossa maneira de ser, de agir, com risco de não continuarmos sobre ela.

Tempo de pensar. Tempo de reavaliar nossa própria vida. Tempo de pensar no bem de todos, na conservação do ar, da água, do clima, de tudo que nos é oferecido há tanto tempo e que desconsideramos.

Tempo de refletir. Hoje, enquanto a oportunidade se faz.

 Redação do Momento Espírita.
Em 12.6.2020.

 

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