Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Aconselhamentos do céu

O contato com o mundo espiritual é realmente fascinante.

Essa comunicação entre os dois lados da vida, que denominamos mortos e vivos, é intrigante.

Embora essa relação sempre tenha existido, foi a partir do século XIX, que foi melhor entendida.

Desde então, a mediunidade, faculdade que permite essa comunicação, ganhou caráter de fenômeno natural.

Quando conhecemos os recursos da mediunidade, sem dúvida, nos empolgamos, pelas possibilidades que possibilita.

Por causa disso, não são poucos aqueles que nela buscam a solução para suas dores e seus males.

Os recursos mediúnicos são bênçãos dos céus para alívio das provas e dificuldades que enfrentamos, enquanto no corpo físico.

Porém, não podemos ter a pretensão de comandar ou ditar as regras para tal recurso.

Também não nos cabe definir quando e como o amparo celestial, através da mediunidade, pode nos alcançar.

Existem pessoas que buscam, nas casas espíritas, cartas e comunicações de seus entes queridos que morreram.

Pretendem o consolo para sua saudade, através de uma carta psicografada ou de uma comunicação verbal, sem atentar que, muitas vezes, não é o momento adequado ou possível.

Outros buscam o imediato restabelecimento da saúde física, através da chamada mediunidade de cura.

Importante entendermos que nenhuma doença nos ocorre por castigo. Trata-se de instrumento da lei divina de correção de sentimentos e ideias equivocados, alimentados desde há muito em nossa alma.

Infelizmente, existem médiuns desavisados que se permitem fazer promessas disso ou daquilo.

Os resultados, por vezes, causam desilusão e descrença porque as manifestações dos Espíritos dependem da condição deles e sempre conforme a Vontade de Deus.

Não esqueçamos, no entanto, que a Providência Divina não deixa ninguém desamparado.

Ao buscarmos os recursos da mediunidade, aguardemos a resposta dos céus, sem a pretensão de que as nossas vontades devam, necessariamente serem atendidas, da forma que idealizamos.

Há muitas maneiras do Amparo Divino nos chegar e sempre na medida exata que precisamos.

Nem todos sabemos mas há reencontros e abraços durante o sono, através dos sonhos, nos quais as saudades são aplacadas e as esperanças nos são renovadas.

Muitas vezes não damos atenção a isso e, consequentemente, não nos permitimos sentir os benefícios alcançados.

Quanto às curas, elas nos chegam por caminhos inesperados, ao mesmo tempo que existem doenças que persistem pois nosso aprendizado assim o exige.

Se bem lermos os Evangelhos, vamos constatar que Jesus curou a muitos, não a todos os que encontrou em Seu caminho.

Sejamos prudentes. Os recursos da mediunidade seriamente exercida são de largo alcance.

No entanto, aguardemos que nos cheguem, de forma devida, conforme as determinações da Divindade.

Roguemos aos céus o amparo e alívio para nossas dores. A resposta sempre nos chegará ao coração, apontando os caminhos mais adequados para o calvário libertador, que nos cabe percorrer.

Confiemos em Deus.

Redação do Momento Espírita.
Em 2.6.2020.

 

 

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