Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Dom, talento construído

O policial estava em seu posto como segurança do metrô, em Los Angeles, quando foi surpreendido por uma voz angelical.

Ele ficou impressionado com o trecho de ópera de Giacomo Puccini, que ouvia: O mio babbino caro.

Era uma mulher, depois identificada como Emily Zamourka, de cinquenta e dois anos.

O oficial a filmou e publicou na página do Departamento de Polícia, no twitter.

Rapidamente o vídeo viralizou, tendo sido visto centenas de milhares de vezes.

Emily acabou sendo entrevistada pela emissora ABC7. Russa, jamais teve treinamento vocal, embora tenha aprendido a executar piano e violino, quando jovem.

Zamourka revelou que costumava ganhar a vida tocando violino na rua. Porém, há três anos, foi-lhe roubado o instrumento.

Sem condições para pagar o aluguel ou o plano de saúde acabou indo parar nas ruas e resolveu cantar para angariar recursos.

Em função do vídeo, recebeu a proposta de gravação de um álbum e foi convidada a abrir um evento local.

Muito obrigada por tudo, estou impressionada, disse no palco da festa.

Seu dom lhe devolveu a possibilidade de conseguir recursos para viver.

*   *   *

A arte é a expressão da beleza eterna. Uma manifestação da poderosa harmonia que rege o Universo.

Ela é, por si mesma, rica em ensinamentos, em revelações, em luz.

A arte embeleza a vida, sustenta e consola nas provas, e traça com antecedência, para o Espírito, os caminhos do céu.

*   *   *

Alguns de nós nascemos com o dom para a música, considerada a arte mais sublime.

Dom é a capacidade inata que trazemos para o desempenho no campo das artes, das ciências, dos empreendimentos.

Essa capacidade nos permite compreender a habilidade de algumas crianças desenharem tão bem, tocarem instrumentos musicais, regerem uma orquestra.

Ou se manifestarem, desde cedo, com habilidades nas áreas da Física, da Química, da Medicina.

Elas nasceram com essa capacidade.

São criaturas que admiramos, que se sobressaem do comum da Humanidade.

Dizemos que elas são bem dotadas. Trazem o dom.

Em verdade, todos podemos promover o belo e o bom, na música, na poesia, na literatura, nas artes cênicas. Onde quisermos.

Podemos começar hoje a construir em nós algo que, de futuro, se apresentará como dom natural.

Então, se desejamos nos tornar cantores devemos nos dedicar a aulas de canto.

Se almejamos ser pintores nos cabe frequentar as aulas específicas, para aprender sobre telas, pincéis, tintas. Detalhes.

Se queremos criar belezas na escultura, na arquitetura, na engenharia, de igual forma devemos buscar o aprendizado, o exercício, o aprimoramento.

Tudo que aprendemos hoje, não se perde. É bagagem armazenada pelo Espírito imortal.

Logo mais, o que nos parecia difícil, se tornará de execução natural pelo domínio que adquirimos.

Tudo está em começarmos e nos esmerarmos.

Quando assistimos a bailarina em passos leves, quase voejando no palco, nem imaginamos quantas horas diárias, ao longo dos anos, precisou investir.

Então, comecemos hoje a aquisição de mais um dom.

 

Redação do Momento Espírita, com pensamentos
 do cap. II, do livro
O Espiritismo na Arte,
de Léon Denis, ed. Arte e Cultura e dados
 biográficos de Emily Zamourka.
Em 25.4.2020.

 

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