Esse cansaço contínuo, acompanhado de insatisfação e mau humor, é sinal vermelho em nossas vidas.
Sinal de perigo que, logo mais, nos conduzirá a enfermidades de curto ou longo prazo.
Justo que trabalhamos muito, que a profissão nos exige horas extenuantes de dedicação.
No entanto, o descanso do corpo pelo sono deveria resultar em renovação das energias.
Quando isso não nos ocorre, é bom realizarmos um balanço dos nossos atos, a fim de verificarmos como temos conduzido as nossas vidas.
Nossa meta é somente conseguirmos recursos amoedados, que nos garantam a casa, o lazer, as férias, as viagens?
Perguntemo-nos se estamos felizes com a profissão que elegemos. Indaguemo-nos se, além do dinheiro, ela nos fornece satisfação, se nos sentimos realizados.
Perguntemo-nos quantas horas temos estado no lar, presentes de forma integral: mente e corpo.
Temos nos dado tempo para a conversa amiga, a brincadeira com os filhos, a descontração verdadeira?
Temos reservado tempo para observarmos nossos filhos crescerem? Temos acompanhado suas pequenas conquistas: o domínio das letras, dos números?
Caso nada disso estejamos realizando, reorganizemos nossa vida. Busquemos algo que nos traga satisfação pessoal, bem-estar na sua concretização.
O trabalho deve nos trazer alegria, realização, além do ganho material.
Também nos perguntemos quanto tempo temos dedicado a nós mesmos.
Não somente ao corpo, com exercícios, caminhadas, idas à academia.
Como temos atendido às nossas necessidades espirituais?
Damo-nos conta de que somos Espíritos e que, da mesma forma que o corpo, necessitamos de alimento?
Quantos de nós nos dedicamos de forma extenuante ao trabalho físico, cumprindo duas ou três jornadas diárias em vários setores para ganhar um tanto mais.
Quase esquecemos a família, nossos filhos nem conseguem nos falar.
O tempo de que dispomos não nos permite estarmos mais próximos ao cônjuge, alimentando o afeto.
Nossos horários no lar são apenas para tentarmos nos refazer do cansaço físico, dormindo.
E o desgaste vai se tornando cada vez maior, causando desorganização física e mental.
Trazemos o dinheiro para casa, mas deixamos a saúde nos afazeres, na impaciência, na insatisfação.
É tempo de acordarmos e percebermos que não somos somente o corpo físico.
Somos Espíritos imortais que necessitamos de alimentos espirituais e de refazimento.
Quando buscamos uma leitura agradável?
Que tempo temos para o abraço e o convívio familiar?
Pensemos nisso enquanto há tempo de reformular nossos planos.
Revisemos e replanejemos nossos horários e compromissos.
Valorizemos a vida e a família que Deus nos deu.
E não nos esqueçamos de reservar, minutos que sejam, para buscar o contato com as forças superiores. Do Alto nos vêm as energias refazentes.
Então, cuidemos do corpo. Trabalhemos com alegria. Também com moderação.
Alimentemos o Espírito. Recebamos e ofereçamos amor. Recomecemos cada dia, com bom ânimo, na busca de ser feliz.
Redação do Momento Espírita.
Em 18.4.2020.
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